Seleção iraniana brigou em campo pelo placar, teve gol anulado e duas bolas na trave, até a consagração final
Após ser goleado por 6 a 2 pela Inglaterra na primeira rodada, o Irã respirou aliviado e venceu o País de Gales nesta sexta-feira (25/11) no estádio Ahmad Bin Ali. A partida foi definida nos minutos finais do jogo. Com gols de Roozbeh Cheshmi e Ramin Rezaeian, o Irã assumiu a segunda posição do grupo B.
A partida teve um primeiro tempo bastante disputado, mas com poucas finalizações perigosas. A seleção galesa teve mais posse de bola e apostou nas jogadas pelas laterais com lançamentos direcionados para o centroavante Moore, que teve uma boa oportunidade de gol ao esticar a perna para completar cruzamento de Roberts, mas o goleiro Hosseini defendeu no reflexo.
O Irã, por sua vez, apostou em contra-ataques com Taremi e Azmoun e aos 15 minutos balançou a rede com Gholizadeh, em grande tabelinha, mas o árbitro de vídeo revisou o lance e marcou impedimento do meia. Gol anulado.
País de Gales teve mais posse de bola, mas Irã foi mais eficiente. (Foto: FIFA)
País de Gales teve 48% de posse de bola, contra 32% do Irã, mas a seleção do oriente médio estava determinada a sair de campo com a vitória.
No segundo tempo, o Irã foi parado duas vezes pela trave. Aos 6′ minutos Azmoun arrancou em velocidade, invadiu a área e chutou na trave esquerda. Na sobra, Gholizadeh carregou da direita para o meio, chutou colocado de canhota e também carimbou a trave.
Os jogadores e a torcida do Irã vão à loucura e mantiveram a pressão sobre o adversário.
Dois minutos depois, Taremi puxou o contra-ataque pela esquerda, carregou para o meio e tocou para Rezaeian. Completamente livre, o lateral finalizou de cavadinha na saída do goleiro. Fim de jogo: País de Gales 0, Irã 2.
Protesto na arquibancada. Polícia apreende camisa de torcedora. (Foto: Twitter)
Durante o jogo entre País de Gales e Irã, uma torcedora iraniana que protestava exibindo uma camisa com o nome de Mahsa Amini abordada por seguranças do Catar. A camisa foi apreendida.
Mahsa Aminifoi virou símbolo de revolta e resistência no Irã depois de ser morta pela Polícia da Moralidade em Teerã no dia 13 de setembro deste ano. Com apenas 22 anos, ela foi acusada de infringir o rígido código de vestimenta feminino ao deixar uma mecha do cabelo aparecer. Mahsa entrou em coma e faleceu três dias depois no hospital. O Irã afirmou que a garota morreu devido a uma doença, mas sua família alega que houve espancamento.
O caso gerou forte comoção no Irã e fez com que a população tomasse as ruas em protestos contra as leis compulsórias e a falta de direitos. Entoando o slogan “mulheres, vida, liberdade”, as mulheres estão cortando seus cabelos durante as manifestações, uma tradição persa que representa protesto e tristeza.
ING
EUA
GAL
ING
IRÃ
GAL
