SAÚDE

Hálito pode indicar se um paciente está perto da morte

Técnica permite detectar se a pessoa pode sofrer insuficiência cardíaca ou pneumonia

Por: Lucas Saba
Da redação | 17 de novembro de 2022 - 21:55

Um novo estudo, publicado na revisa cientifica norte-americana Science Translational Medicine, revelou que o hálito de uma pessoa pode indicar se ela está saudável ou doente. E mais: dependendo do estado do hálito, os médicos podem até determinar se a pessoa está perto de morrer.

Pesquisadores do Reino Unido coletaram amostras do hálito de aproximadamente 300 participantes, incluindo pacientes internados no hospital por uma série de doenças. Eles analisaram centenas de metabólitos transportados pelo ar, conhecidos como compostos orgânicos voláteis, produzidos pelas células do corpo durante o metabolismo, em busca de pistas sobre as condições futuras dos pacientes. A equipe esperava descobrir se certas doenças como asma, insuficiência cardíaca ou pneumonia estavam ligadas a concentrações mais altas ou mais baixas de certos compostos.

Outras pesquisas sobre o mesmo tema revelaram que os metabólitos tem a capacidade de diagnosticar a síndrome do desconforto respiratório agudo – uma lesão no pulmão colocando em risco a vida de uma pessoa, e até mesmo mapear um derrame.

Controlando o ritmo e a frequência da respiração de um paciente é possível identificar uma lesão pulmonar ou até mesmo derrame. O estudo conseguiu prever corretamente cerca de 80% das mortes de pacientes com problemas na respiração.

Respiração

Doenças podem ser diagnosticadas pela respiração. (Crédito: Pexels)

Resultados do estudo

No estudo do Reino Unido, os pesquisadores descobriram que detectar e medir metabólitos exalados na respiração pode ser usado como uma ferramenta de diagnóstico – com mais de 77% de precisão na previsão de asma, doença pulmonar obstrutiva, insuficiência cardíaca e pneumonia. O novo modelo identificou com precisão voluntários saudáveis ​​em 93% das vezes. Além disso, o modelo previu corretamente pelo menos 80% das mortes de pacientes.

 

 

Para os cientistas em um futuro próximo será possível coletar amostras de respiração de pacientes na chegada ao hospital, para uma análise em tempo real dos compostos, com isso direcioná-los para os cuidados de que precisam. Quando uma pessoa está com problemas respiratórios, cada segundo conta para salvar o paciente.

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