Empresa rastreava celulares de usuários, mesmo de quem optava por não ser localizado
O Google terá de pagar indenizações no valor total de US$391,5 milhões, por ter mantido o rastreamento de celulares de usuários, mesmo daqueles que optavam por não serem localizados. Saber da localização dos usuários ajuda anunciantes a oferecer seus produtos. Apenas com os serviços de localização, que a empresa repassa aos anunciantes, o Google fatura 200 bilhões de dólares em anúncios, a cada ano.
Neste processo, um promotor federal do Oregon que condenou a empresa, representava pessoas de 40 Estados norte-americanos. A indenização de quase 400 milhões de dólares é a maior já estabelecida por um tribunal norte-americano, relacionada com a questão da privacidade.
No mês passado, o Google perdeu um processo semelhante no Arizona, no valor de 85 milhões de dólares. Há um outro processo em andamento, relacionado com usuários do Texas, Indiana e Washington DC.
Por outro lado, um funcionário do Google minimizou a polêmica e alega que o acordo é “Consistente com as melhorias que fizemos nos últimos anos, resolvemos esta investigação, que foi baseada em políticas de produtos desatualizadas que alteramos anos atrás”.
Um comunicado foi divulgado pelo Blog da empresa alegando que “O acordo é mais um passo no caminho de oferecer opções mais significativas e minimizar a coleta de dados, ao mesmo tempo em que fornece serviços mais úteis”.
A promotora do Oregon responsável pelo caso, Ellen Rosenblum, declarou: “Por anos, o Google priorizou os lucros, às custas da privacidade dos usuários”.
Segundo ela, os clientes achavam que haviam desligado o dispositivo de localização, mas a empresa continuava rastreando secretamente seus movimentos e utilizando a informação em favor dos anunciantes.