Acordo foi assinado com a União Europeia, com base na Lei de IA que ainda está em desenvolvimento
A Comissão Europeia e o Google decidiram fazer um pacto relacionado com os avanços da Inteligência Artificial. Até que uma legislação adequada seja implementada, as duas instituições decidiram criar algumas regras para mitigar os riscos mais graves associados a essa tecnologia. Atualmente, os países do bloco europeu discutem uma Lei de Inteligência Artificial, que pode levar até três anos para entrar em vigor.
O acordo foi anunciado depois que o CEO do Google, Sundar Pichai, se reuniu com vários comissários europeus durante uma visita a Bruxelas. Durante uma entrevista coletiva, o comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, afirmou: “Esperamos que a tecnologia na Europa respeite todas as nossas regras, sobre proteção de dados, segurança online e inteligência artificial”.
As regras do pacto voluntário entre Google e a Comissão Europeia ainda não estão claros. De acordo ainda com o porta-voz, “todas as principais” empresas que trabalham na área de IA, dentro e fora da Europa, terão que respeitar e se enquadrar nas diretrizes.
Riscos e críticas
Atualmente, as inteligências artificiais mais conhecidas são os chatbots como o GPT da OpenAI e o Bard do Google. Enquanto os investidores aderiram rapidamente aos chatbots, críticos denunciaram o desenvolvimento descontrolado da tecnologia.
Especialistas alertam que os chatbots podem disseminar preconceito, discurso de ódio, notícias falsas, propaganda estatal, falsificação de identidade e violações de propriedade intelectual. Além disso, existe um intenso debate da academia e sociedade civil sobre as possíveis demissões trabalhistas, já que diversas funções podem ser substituídas pela ferramenta.
“Temos de gerir a urgência mas também não podemos abrandar a inovação, por isso temos de encontrar os meios, os meios certos, e também temos de ser bastante firmes em certos elementos que terão de ser fiscalizados, e antecipar a alguns estender os efeitos da Lei de IA”, afirmou Thierry Breton.