ECONOMIA

Gigantes da tecnologia fazem demissões em massa

Google, Microsoft e Amazon lançam dezenas de milhares pessoas no desemprego

Por: Carlos Taquari
Da redação | 20 de janeiro de 2023 - 18:46

A economia norte-americana não chegou a entrar em recessão, como muitos previam, em 2022. O crescimento do PIB dos EUA ficou em 2,9%, até ligeiramente superior a algumas previsões. Ainda assim, as gigantes do setor de tecnologia estão promovendo demissões em massa.

A mais recente a anunciar cortes foi a Alphabet, a empresa-mãe do Google, que vai demitir 12.000 funcionários. O corte significa 6% da força de trabalho da empresa em todo o mundo.

Anteriormente, a Microsoft anunciou a demissão de 10.000 funcionários e, na Amazon 18.000 pessoas perderam o emprego.

Ao anunciar os cortes, Sundar Pichai, o CEO da Alphabet agradeceu aos funcionários demitidos “por trabalharem tão duro” e pela “contribuição inestimável” que deram para o crescimento da empresa. Em mensagem dirigia a eles, Pichai pediu que as pessoas se cuidem para enfrentar “esse momento difícil”. Também prometeu apoio aos desempregados, enquanto eles procuram por novas oportunidades”. Os demitidos vão receber 2 meses de salário, os bônus referentes a 2022 e 6 meses de cobertura de saúde. Terão, ainda, uma semana de férias remuneradas.

Amazon, Google e Microsoft: 40 mil demissões em apenas uma semana. (Montagem: Planeta Cultura)

Apenas em um lugar onde os cortes foram bem recebidos: em Wall Street, onde as ações da Alphabet subiram 3,5%, nesta sexta-feira.

Desde o início de 2022, cerca de 200 mil funcionários do setor de tecnologia perderam seus empregos, por razões que vão desde a falta de peças, principalmente chips, até a queda na demanda por novos produtos.

As gigantes do setor também enfrentam problemas de ordem política e legal, especialmente na União Europeia. Várias delas foram multadas por desobedecerem normas locais. Algumas por tentarem fugir do pagamento de impostos, levando suas sedes para locais estratégicos, onde conseguem escapar do fisco. Outras, por obterem lucros bilionários sem pagar pelos direitos do material que utilizam de terceiros.

Os advogados dessas empresas também enfrentam batalhas judiciais relacionadas com a desinformação, ou as fake news, que circulam em suas plataformas, além de discursos de ódio promovidos por grupos radicais, em todos os continentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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