Estados Unidos, China e Rússia lideram os gastos, além da Ucrânia, que enfrenta a invasão pelos russos
O total de gastos militares, em todo o mundo, alcançou um novo recorde, em 2022, chegando a 2 trilhões e 240 bilhões de dólares. Dados do Instituto Internacional de Estudos para a Paz – Sipri, que tem sede em Estocolmo, apontam para um aumento de 3,7% em termos globais, equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto – PIB – mundial.
Os Estados Unidos, China e Rússia lideram os gastos, com 56% do total, seguidos pela Ucrânia.
Na tentativa de conter as tropas russas que invadiram o país, o governo ucraniano aumentou os gastos militares em 640%, chegando a um total de 44 bilhões de dólares, em 2022.
Ainda assim, bem distante dos 877 bilhões de dólares gastos pelos Estados Unidos, que respondem por 39% do total mundial.
A China vem em segundo lugar, com 292 bilhões de dólares gastos em armamentos, 4,2% a mais do que em 2021. Os chineses vem aumentando os gastos militares por 28 anos consecutivos.
A Rússia ocupa o terceiro lugar, com 86,4 bilhões de dólares, um aumento de 9,2% em relação a 2021. A diferença entre o percentual de aumento da Rússia para a Ucrânia se explica porque a Rússia já dispunha de um importante arsenal militar, antes de invadir a Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
“O contínuo aumento no gasto militar global é um sinal de que vivemos em um mundo cada vez mais inseguro”, afirmou Nan Tian, um dos principais responsáveis pelo levantamento feito pelo Instituto.
De acordo com os dados do Sipri, os gastos em armamentos haviam diminuído de forma acentuada, nos anos 90, mas voltaram a aumentar nos últimos anos, principalmente depois da invasão da Crimeia, na Ucrânia, pela Rússia.
Sentindo-se ameaçados, países vizinhos da Rússia, como a Finlândia e Suécia, não apenas aumentaram seus gastos militares como solicitaram o ingresso na OTAN, a aliança militar do Ocidente, passo já alcançado pelos finlandeses.
Depois dos EUA, China, Rússia e Ucrânia, a relação dos países que mais têm investido em armas, ficou assim: Finlândia, Catar, Arábia Saudita, Bélgica, Holanda, Suécia, Polônia e Dinamarca, os últimos três vizinhos ou muito próximos da Rússia.