A notícia serve de alento para milhares de clientes que perderam dinheiro com a fraude praticada por Sam Bankman-Fried
A exchange de criptomoedas FTX, que faliu no ano passado após a descoberta de uma fraude sem precedentes, anunciou ter localizado mais de US$ 5 bilhões em ativos, o que pode amenizar o rombo para os investidores lesados.
“Localizamos mais de 5 bilhões de dólares em dinheiro, criptomoeda líquida e títulos de investimento líquidos”, disse Andy Dietderich, advogado da FTX, ao juiz de falências dos EUA John Dorsey, em Delaware.
No entanto, o tribunal de falências que cuida do caso FTX, ainda não foi informado do valor exato e da extensão das perdas para os clientes que investiram em criptoativos negociados pela companhia. A fraude épica, orquestrada pelo ex-presidente-executivo da corretora, Sam Bankman-Fried, pode ter custado bilhões de dólares a investidores, clientes e credores.
Bankman-Fried se declarou inocente das acusações de que ele enganou os investidores. O advogado da FTX disse que os fundos recuperados não incluem ativos apreendidos pela Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas, onde a FTX estava sediada e onde Bankman-Fried morava quando foi preso em dezembro do ano passado.
Entre os clientes e investidores da FTX que amargaram prejuízos com a fraude estão o astro do futebol americano Tom Brady, a ex-esposa dele, Giselle Bündchen, e o proprietário do New England Patriots, Robert Kraft.
intermediadoras entre vendedores e compradores de ativos digitais. Elas também guardam as criptomoedas (custódia) daqueles investidores que não querem manter suas criptos em carteiras próprias. Na prática, elas são bem parecidas com corretoras de valores.
Em sua melhor fase, a FTX chegou a ser avaliada em US$ 32 bilhões. A companhia entrou com pedido de concordata em novembro do ano passado. Estima-se que US$ 8 bilhões em fundos de clientes foram desviados em uma das maiores fraudes financeiras da história dos Estados Unidos.
Bankman-Fried é acusado de se apropriar indevidamente dos fundos dos clientes da FTX para pagar dívidas da empresa de negociação de criptomoedas Alameda Research e para fazer outros investimentos.
Ao todo, o ex-executivo responde a oito acusações criminais, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e violações de financiamento de campanha. O co-fundador da FTX, Gary Wang, e Caroline Ellison, ex-chefe da Alameda, também foram acusados de envolvimento direto no colapso da empresa.
No final de dezembro, Bankman-Fried foi libertado da prisão após pagar fiança de US$ 250 milhões e de assumir o compromisso de não se ausentar da casa de seus pais na Califórnia.