ECONOMIA
França e Inglaterra enfrentam greves de trabalhadores

França e Inglaterra enfrentam greves generalizadas

Franceses protestam contra mudanças nas regras de aposentadoria e ingleses querem aumentos salariais

Por: Mario Augusto
Da redação | 20 de janeiro de 2023 - 13:32
França e Inglaterra enfrentam greves de trabalhadores

Uma greve geral de trabalhadores franceses interrompeu o serviço de balsas entre as cidades de Dover, no sudeste da Inglaterra, e Calais, no norte da França. A paralisação também afetou os serviços ferroviários do Eurostar – o serviço de alta velocidade que faz a interligação de Londres a Paris, Bruxelas e Amsterdã. A oferta de trens em circulação foi reduzida devido à falta de pessoal.

Foram registrados atrasos e cancelamentos de voos entre Londres e Paris, Londres a Lille, Bruxelas, Roterdã e Amsterdã, na Holanda. Os serviços de trens intermunicipais e suburbanos foram interrompidos.

A mobilização nacional envolve trabalhadores das áreas de transporte, educação e saúde. Há dois dias eles protestam contra proposta do governo francês de aumentar a idade oficial para aposentadoria.

França e Inglaterra enfrentam greves de trabalhadores

Trabalhadores protestam contra a reforma da Previdência na França. (Captura/vídeo/BBC News)

Muitas escolas e outros serviços públicos fecharam as portas. No metrô de Paris, apenas as duas linhas autônomas funcionaram nos últimos dois dias. Isso tudo acompanhado de grandes manifestações em Paris e outras grandes cidades francesas.

Mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas contra a reforma da previdência, defendida pelo presidente Emmanuel Macron, que aumenta a idade para aposentadoria de 62 para 64 anos e fixa o tempo de contribuição em 43 anos para que os trabalhadores tenham direito ao valor integral do benefício.

Greve no Reino Unido

Na Inglaterra e no País de Gales os professores anunciaram uma greve geral em sete datas diferentes em fevereiro e março. Lá o motivo das paralisações é a queda de braço com o governo por reajuste salarial. Os trabalhadores pedem 10% de reajuste nos salários, mas o governo quer pagar menos.

As paralisações estão marcadas para os dias 1, 14 e 28 de fevereiro, e também nos dias 1, 2, 15 e 16 de março. A União Nacional de Educação (NEU), que é o maior sindicato educacional do Reino Unido, prevê que a greve afetará 23.400 escolas na Inglaterra e no País de Gales.

Alta generalizada de preços

A maioria dos professores de escolas públicas na Inglaterra e no País de Gales ganhou um reajuste de 5% no ano passado, mas o sindicato da educação alega que esse aumento, na verdade, equivale a um corte salarial, devido às altas taxas de inflação, com alguns sendo obrigados a renegociar hipotecas ou vender carros para sobreviver.

Os professores reclamam do aumento nas tarifas de aquecimento e nos preços dos alimentos e esperam que agora, com o anúncio da greve geral, o governo ouça os trabalhadores da educação e ofereça um reajuste justo.

Na Escócia os professores estão em greve desde antes do natal. Na Irlanda do Norte, cinco sindicatos também avaliam a possibilidade de paralisação geral, caso não haja uma proposta razoável do governo.

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