Depois do Reino Unido, as luzes coloridas, comuns nas proximidades do Ártico, encantam norte-americanos
Nos países escandinavos ou nórdicos, o fenômeno é conhecido como Aurora Boreal. Para outros, que são raramente presenteados com esse espetáculo, trata-se das “Luzes do Norte”.
Os Estados Unidos e Canadá acabam de receber esse presente nesta semana, com um show de luzes e cores que pode ser observado de Leste a Oeste e até mesmo em alguns estados norte-americanos mais ao Sul, como o Arizona e Califórnia.
Entre os cientistas, o fenômeno é conhecido como “uma tempestade geomagnética”, que pode ser medida em diferentes graduações. Esta que aconteceu nesta semana, entre Estados Unidos e Canadá, alcançou o grau G4, bastante forte, próxima da mais intensa, que é a G5.
Para este final de semana estão previstas mais luzes e cores, mas em menor grau. “Tivemos mais do que o esperado”, disse Bill Murtagh, coordenador do National Oceanic and Atmospheric Administration Center.
Embora de difícil compreensão para as pessoas que não dominam a Física e a Astronomia, Murtagh tenta explicar o fenômeno: “trata-se do resultado de várias erupções do Sol, que libera partículas de energia altamente carregadas. Quando essas partículas colidem com a atmosfera da Terra, ocorre uma espécie de choque que provoca o surgimento das luzes e cores. Como se fossem gigantescos canhões de luzes disparos pelo Sol”.
Em outras palavras, segundo Murtagh, o fenômeno também pode ser explicado da seguinte maneira: nuvens gigantescas de partículas e campos magnéticos do Sol se encontram com o campo magnético da Terra. Então, as partículas altamente energizadas invadem a atmosfera terrestre, gerando as luzes e cores.
Um evento como esse costuma ocorrer cerca de 50 vezes, a cada ciclo solar, que se prolonga por 11 anos. Mas o atual tem sido um dos mais intensos dos últimos anos. Daí o fato de ter ocorrido neste ano também no Reino Unido, sendo que, normalmente, ocorre nos países da Escandinávia ou entre os Nórdicos, Finlândia e Islândia.
Murtagh disse que estamos nos aproximando de intensa atividade do Sol, conhecido como “maximum solar”, quando devem ocorrer novas e intensas erupções.