Nível de resistência do material que constitui o meteorito seria a chave para a descoberta de vida inteligente fora da Terra
O físico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, conhecido como o “maior caçador de alienígenas do mundo”, se prepara para embarcar na missão mais ambiciosa de sua carreira. Ele está chefiando uma expedição de US$ 1,5 milhão que vai até Papua Nova Guiné em busca de fragmentos de um meteorito que caiu, em 2014, na costa Sudoeste do Oceano Pacífico e que, segundo Loeb, esconde segredos sobre a existência de vida alienígena em outros planetas.
Para o físico, há evidências de que o meteorito de 50 centímetros de largura, batizado como CNEOS1 2014-01-08, veio de fora do nosso sistema solar. E seria constituído de uma rocha ou metal extremamente duro e resistente, capaz de provar – por essas características – que não seria um meteorito, mas talvez uma sonda alienígena.
Expedição extraordinária
Após anos de trabalho, Loeb e sua equipe reduziram a provável zona de impacto do CNEOS1 2014-01-08 a um quilômetro quadrado no fundo do oceano, quase dois quilômetros debaixo d’água. Será uma tarefa árdua, comparada a procurar alguns grãos de areia grossa em um trecho de um quilômetro quadrado repleto de areia fina. Isso porque os fragmentos do suposto meteorito (ou sonda alienígena) devem ter apenas alguns milímetros de tamanho.
O físico acredita que a tarefa vale a pena. Qualquer fragmento que a equipe recuperar pode se tornar um artefato “tecnológico” – com indícios de ter sido fabricado e não criado pela natureza, o que seria uma prova da existência de vida inteligente em outros planetas.
A expedição ainda não tem data para começar, mas Loeb pretende zarpar com a equipe até o verão, que começa em junho. O barco da expedição já está pronto para ser utilizado nas meticulosas buscas no fundo do oceano.
O governo de Papua Nova Guiné já autorizou a realização da expedição em águas oceânicas do país. O plano de Loeb é literalmente peneirar o fundo do oceano em busca dos detritos utilizando ímãs que possam atrair fragmentos metálicos. A varrição minuciosa deve durar duas semanas, sem contar que a pesquisa já vem sendo realizada há 8 anos, tempo que os cientistas levaram para descobrir o ponto exato onde os fragmentos do meteorito caíram na Terra.
Qualquer que seja o resultado da expedição, Loeb tem certeza de uma coisa. “Aprenderemos algo novo”, afirma o físico de Harvard.