Em menos de 1 ano, 30 parlamentos nacionais ratificaram o pedido de adesão da Finlândia, parceiro estratégico contra a Rússia
Um novo mastro foi ocupado com a bandeira da Finlândia no pavilhão da OTAN em Bruxelas, na Bélgica. O país nórdico tornou-se o 31º membro da aliança militar, nesta terça-feira (04/04), finalizando o processo de adesão mais rápido da história da organização.
As bandeiras do novo membro e da OTAN. (Divulgação/OTAN)
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, deu as boas-vindas ao novo membro, representado pelo presidente finlandês, Sauli Niinistö. “Aderir à OTAN é bom para a Finlândia, é bom para a segurança nórdica e é bom para a OTAN como um todo”, disse Stoltenberg.
O secretário-geral também observou que a adesão filandesa mostra ao mundo que o presidente Putin falhou em “fechar a porta da OTAN”. “Em vez de menos OTAN, ele conseguiu o oposto; mais OTAN e nossa porta permanece firmemente aberta”.
A análise de Stoltenberg é baseada em uma constatação empírica. Rússia e Finlândia são vizinhos, com uma extensão de 1.340 km na fronteira entre os dois países e a invasão da Ucrânia pelas forças russas desencadeou o pedido da Finlândia e da Suécia para integrarem a Organização do Tratado do Atlântico Norte. A Turquia atrasou o processo, reclamando que o país nórdico estava apoiando “terroristas” e fez o mesmo com o pedido da Suécia que está sendo bloqueado pelo governo turco devido a reclamações semelhantes.
Para a Organização do Atlântico Norte a adesão da Finlândia é um importante trunfo geoestratégico porque, além de fazer fronteira com a Rússia, ao contrário da maioria dos membros da aliança, o país não cortou gastos com defesa após a Guerra Fria. A Finlândia possui um exército de 237 mil homens e uma eficiente estrutura militar de defesa.
Com a entrada da Finlândia na organização, a Rússia anunciou que reforçará as suas tropas ao longo da fronteira finlandesa em caso de envio de apoio militar para a região.
“A Finlândia é mais segura e a OTAN é mais forte com a Finlândia como aliada. Suas forças são substanciais e altamente capazes, sua resiliência é incomparável e por muitos anos as tropas da Finlândia e dos países da OTAN trabalharam lado a lado como parceiros. A partir de hoje, estamos juntos como aliados”, finalizou o secretário-geral.
