INTERNACIONAL

Ex-presidente Carter terá de passar por cuidados intensivos

Médicos descartam hospitalização e recomendam assistência de saúde domiciliar

Por: Carlos Taquari
Da redação | 19 de fevereiro de 2023 - 00:30

O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, terá de passar por cuidados intensivos, para enfrentar os vários problemas de saúde que sofreu nos últimos anos, incluindo um tumor que se espalhou pelo fígado e o cérebro, prejudicando suas atividades mentais. O tratamento, domiciliar, será realizado em sua residência, na Geórgia.

Aos 98 anos, Carter é o ex-presidente de mais idade, entre os que ainda estão vivos. “Ele terá todo o apoio da família e de sua equipe médica. A família Carter pede respeito à privacidade e agradece às inúmeras manifestações de carinho por parte de seus admiradores”, assinala uma nota divulgada pelo Centro Carter, organização dedicada a fins beneficentes e à preservação do legado do ex-presidente.

Eleito pelo Partido Democrata, Carter teve apenas um mandato, entre 1977 e 1981. Ao tentar a reeleição, foi derrotado por Ronald Reagan.

O ponto alto do governo Carter ocorreu em 1978, com os Acordos de Camp David, quando sob mediação dos EUA, o Egito reconheceu formalmente o Estado de Israel, fato que contribuiu para a redução das tensões na área. Seu governo também negociou a assinatura do Tratado do Panamá, que garantiu o retorno do controle do Canal por aquele país centro-americano.

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Mas, em 1979, o governo do Xá Reza Pahlev, do Irã, foi derrubado pela revolução islâmica desencadeada pelos aiatolás. Na sequência, 66 norte-americanos foram feitos reféns, em Teerã. A situação se complicou quando um comando militar norte-americano tentou resgatar os reféns, mas houve falha na operação e oito militares dos EUA foram mortos pelos iranianos.

Após o incidente, o Irã decidiu endurecer sua política com os EUA. Os reféns permaneceram 444 dias em cativeiro e só foram libertados depois que Reagan assumiu a presidência.

Ao deixar a presidência, ele criou o Carter Center, instituição dedicada a trabalhos humanitários, principalmente na África. Em reconhecimento a esse trabalho e pela defesa dos direitos humanos em todo o mundo, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 2002.

 

 

 

 

 

 

 

 

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