Medicamento combate os efeitos provocados no corpo humano após a explosão de bombas nucleares
O Serviço de Saúde dos Estados Unidos investiu 290 milhões de dólares (cerca de 1,5 bilhão de reais) na compra de remédios que amenizam os efeitos da radiação nuclear. Denominado Nplate, o produto é fabricado por um laboratório da Califórnia, o Amgen.
A aquisição foi feita dias depois que o presidente Vladimir Putin ameaçou usar “de todos os meios” para proteger a Rússia na guerra com a Ucrânia.
O estoque de Nplate tem o objetivo de “salvar vidas após uma eventual emergência de origem nuclear”, esclarece a nota. Indicado tanto para crianças como adultos, o medicamento estimula a produção de plaquetas sanguíneas, o que ajuda a reverter os efeitos da contaminação radioativa.
O uso desse produto é autorizado em países da Europa Ocidental, com o objetivo de aumentar a produção de plaquetas sanguíneas, mas não para tratamentos relacionados com a síndrome radioativa.
O governo norte-americano já vinha mantendo um grande estoque de Leukine, outro medicamento contra a chamada Acute Radiation Syndrome (ARS), ou Síndrome Aguda de Radiação. A doença ocorre quando o corpo de uma pessoa é exposto a altas doses de radiação, que penetram no organismo, atingindo todos os órgãos em segundos. Os efeitos incluem a queda na produção de plaquetas sanguíneas, o que pode levar a intensos sangramentos e à morte rápida.
Em 2017, o serviço de saúde norte-americano havia feito uma consulta ao laboratório Novartis, que fabrica um produto denominado Thrombocytopenia, relacionada com o possível uso desse medicamento para tratar vítimas de exposição aos efeitos da radiação nuclear.