Rebeldes iranianos que atuam na Síria são alvo de ataque dos EUA, depois que um drone matou seis americanos
Uma base militar dos Estados Unidos na Síria foi atacada com mísseis na manhã desta sexta-feira, na região de Al-Omar, no Nordeste do país, logo após uma contraofensiva americana que matou onze combatentes pró-iranianos no leste do país. A Casa Branca chamou o incidente de uma reação à retaliação dos EUA contra grupos alinhados ao Estado Islâmico na região.
O ataque à base militar de Al Omar aconteceu logo após as forças americanas realizarem vários bombardeios aéreos contra alvos da organização jihadista na noite de quinta-feira. Era uma resposta americana a um ataque anterior do Estado Islâmico em outra base militar perto de Hasakah, no nordeste da Síria. Nesta ataque um drone de fabricação iraniana matou um empreiteiro e cinco soldados americanos.
“Os ataques aéreos foram conduzidos em resposta à agressão anterior, bem como a uma série de bombardeios recentes contra as forças da Coalizão na Síria por grupos afiliados ao Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos do Irã”, disse o secretário de Defesa americano Lloyd Austin, em um comunicado à imprensa.
A Síria vive uma guerra civil há mais de 10 anos. A população insatisfeita passou a protestar contra o governo de Bashar al-Assad, e a repressão violenta motivou opositores a se armarem para a guerra. Atualmente existem vários grupos armados de oposição que lutam para assumir o poder no país.
Soldados das Forças Democráticas da Síria (SDF) e da coalizão antijihadista liderada pelos EUA formam um desses grupos dissidentes.
O Irã, um fiel aliado do governo do presidente sírio Bashar al-Assad, fornece armas e apoio financeiro a grupos radicais que se estabeleceram em áreas próximas à fronteira com o Iraque, como é o caso do Estado Islâmico. Pelo menos 900 soldados americanos estão na Síria como parte de uma coalizão internacional que luta contra o grupo jihadista, que é considerado uma organização terrorista.