Doença causada por bactéria ataca e enfraquece as colônias
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos aprovou a licença para a fabricação da primeira vacina contra uma doença que ataca as colônias de abelhas. Causada por uma bactéria, a chamada “foulbrood disease”, ou doença “Loque Americana”, ela ataca as larvas das abelhas. Desde 2006, os Estados Unidos tem visto reduções anuais crescentes das colônias devido a doença.
As abelhas são as principais responsáveis pela polinização do planeta. (Foto: Pexels)
Agora, a vacina pode servir como um “avanço na proteção das abelhas”, afirmou em um comunicado a CEO da Dalan Animal Health, laboratório responsável pela vacina, Annette Kleiser. Calcula-se que em todo o mundo existam mais de 20 mil espécies de abelhas. Só o Brasil abriga mais de 3 mil delas.
Como polinizadoras, as abelhas são responsáveis por boa parte da produção agrícola mundial. Além disso, também exercem um papel fundamental para a flora e a fauna no planeta.
A nova vacina funciona como as vacinas humanas. Por meio de uma versão inativa da bactéria, Paenibacillus larvae, a vacina é introduzida na geleia real consumida pela rainha. As novas larvas ao nascerem ficarão imunes à bactéria que causa a doença.
Atualmente, a doença da “Loque Americana” representa um desafio para os apicultores, já que é altamente contagiosa e não tem cura. O único método de tratamento requer queimar a colônia de abelhas infectadas junto com as colmeias e equipamentos e, tratar as colônias próximas com antibióticos.
Com a vacina, as larvas das abelhas já nascerão imunes à bactéria que causa a doença. (Foto: Pexels)
“Se pudermos prevenir uma infecção em nossas colmeias, podemos evitar tratamentos caros e concentrar nossa energia em outros elementos importantes para manter nossas abelhas saudáveis”, comemorou em um comunicado o membro do conselho da Associação de Apicultores do Estado da Califórnia, Trevor Tauzer.
Com a atual aprovação da produção da vacina para as abelhas, o laboratório Dalan Animal Health planeja distribuí-la “de forma limitada”. Primeiro será entregue aos apicultores comerciais do país e posteriormente ainda este ano, deverá estar à venda nos Estados Unidos.
