Ucranianos utilizam drones para mapear e atacar alvos estratégicos dos russos
Em plena contraofensiva na região Sul do país, as forças ucranianas estabeleceram como meta a retomada da cidade de Kherson, ocupadas pelas tropas russas. Para isso, contam com a ajuda de drones, fornecidos pelos Estados Unidos e aliados europeus. Os aparelhos são utilizados para detectar, mapear e lançar foguetes contra posições ocupadas pelos russos e as forças mercenárias a serviço de Moscou.
Diante da superioridade dos russos em equipamentos militares, principalmente unidades de tanques e canhões, além do número de soldados, o Alto Comando ucraniano optou por ataques à distância. Separados por apenas alguns quilômetros dos russos, uma unidade avançada do Exército ucraniano acompanha o movimento das forças inimigas através de um monitor, que recebe imagens dos drones. Detectado o alvo, a ordem de disparar é dada pelo controle digital.
Esta é uma guerra travada principalmente com a utilização de foguetes, artilharia e ataques aéreos, explicam os comandantes ucranianos. Nada a se comparar com a Segunda Guerra, quando grandes exércitos se defrontavam nos campos de batalha. Daí o fato de que os batalhões russos, ao se aproximarem das cidades ucranianas, disparam sua artilharia, varrendo tudo que aparece no caminho. Sejam posições militares ou áreas civis.
Mas a chegada de novos equipamentos militares doados pelos Estados Unidos, incluindo os poderosos M270, lançadores múltiplos de foguetes, permite que os ucranianos alcancem alvos que antes não conseguiam. Com isso, os russos já não conseguem avançar rapidamente, como faziam no início do conflito, sob pena de se tornarem alvos fáceis para os foguetes. Entre esses alvos incluem-se depósitos de munição e bases da força aérea, como a situada na Crimeia, bombardeada na semana passada. Na versão de Moscou, a destruição parcial da base se deve a atos de sabotagem e não a ataques das forças ucranianas.
Mas os comandantes ucranianos sabem que uma virada no conflito não será tão fácil. Por isso, esperam que os Estados Unidos e países da Europa Ocidental enviem mais equipamentos e munições. Sem isso, eles dizem, será difícil expulsar as tropas invasoras da Rússia.