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Diplomatas abandonam o Sudão, mas milhares de pessoas permanecem

O conflito entre o Exército e grupos rebeldes se intensifica e os civis ficam no meio do fogo cruzado

Por: Carlos Taquari
Da redação | 23 de abril de 2023 - 20:55
Associated Press

Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e França são alguns dos países que lançaram operações especiais para retirar seus diplomatas de Kartum, a capital do Sudão, diante da intensificação do conflito entre o Exército e rebeldes que tentam tomar o poder. Uma pessoa ficou ferida quando um comboio da Embaixada da França ficou no meio do fogo cruzado entre as tropas do governo e os rebeldes.

Os diplomatas das grandes potências foram retirados em comboios organizados por tropas de elite de cada um dos países envolvidos na operação de retirada. Os Estados Unidos enviaram comandos de fuzileiros navais, enquanto o Reino Unido mobilizou uma força de elite da Real Força Aérea. Funcionários das Nações Unidas também deixaram a cidade às pressas, mas milhares de estrangeiros que trabalhavam no Sudão não têm como deixar o país, diante da intensificação dos combates.

A luta que se espalha pelo país envolve, de um lado, o Exército do Sudão, que tomou o poder há dois anos e, de outro, um grupo paramilitar, autodenominado Rapid Support Forces-RSF, ou Forças de Apoio Rápido. Os combates em vários pontos da capital , já deixaram centenas de mortos,  nos últimos dias, além de milhares de feridos.

Os dois lados bombardeiam posições rivais de forma indiscriminada e os civis acabam se tornando as maiores vítimas do confronto.

O Exército tomou o poder após um golpe de Estado, em Outubro de 2021, e os generais Mohamed Hamdan Dagalo e  Abdel Fattah al-Burhan lideram o regime instalado em Kartum. Mas os rebeldes das RSF anunciaram que não vão desistir da luta até assumirem o poder.

O RSF garante que controla setores importantes da capital, mas o governo nega. Os dois lados rejeitaram apelos da União Africana para suspenderem os combates.

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