Um tribunal federal condenou a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a 6 anos de prisão, por suposto desvio de verbas públicas, durante os governos dela e de seu marido, já falecido, Nestor Kirchner, que teria ocorrido entre os anos de 2007 e 2015.

Segundo a promotoria, que havia proposto uma pena de 12 anos de prisão, Cristina e o marido desviaram mais de 1 bilhão de dólares, em recursos que eram destinados a uma série de obras públicas. Apenas um empresário ligado aos Kirchner, Lazaro Baez, ganhou 51 contratos de obras públicas na região de Santa Cruz, bastião político do casal. Baez também foi condenado a 6 anos de prisão.

O ex-ministro do Planejamento, Julio de Vido; o ex-secretário de Obras Públicas, José López; e o ex-titular da Direção de Obras Viárias, Nelson Periotti, foram condenados a 10 anos de prisão.

A vice-presidente não precisará cumprir a pena, uma vez que tem imunidade garantida pelo cargo que ocupa. Cristina só poderia ser presa ser considerada culpada pelo Congresso. Uma proposta neste sentido teria que ser aprovada por dois terços da Câmara dos Deputados e dois terços do Senado.