CIÊNCIA

Cientistas acreditam ter descoberto o segredo dos anéis de Saturno

Destruição de uma lua pode ter originado as atuais características do planeta

Por: Lucas Saba
Da redação | 15 de setembro de 2022 - 19:26

Há séculos, os astrônomos tentam descobrir os mistérios por trás dos anéis de Saturno. Para alguns, o planeta mais enigmático  do sistema solar. A origem dos anéis, uma inclinação incomum de 27 graus e a ligação com outro planeta: Netuno. De acordo com cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, essas características são o resultado de uma lua do planeta que explodiu há 100 milhões de anos.

Uma série de simulações feitas a partir de dados colhidos pela espaçonave Cassini mostrou uma lua destruída há milhões de anos. Essa destruição teria movimentado os planetas: Saturno Netuno, deixando um ao lado do outro. A espaçonave Cassini foi utilizada em uma missão da NASA, em 1997, para explorar Saturno.

Quando Jack Wisdom pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, examinou os dados deixados pela espaçonave descobriu que Saturno sofreu um forte impacto com a explosão e a lua, ou o que sobrou dela, foi lançada para fora do sistema solar. Mas, seus destroços podem ter se transformado nos anéis de Saturno, de acordo com os cientistas.

Proximidade entre Saturno e Netuno pode ter sido finalmente descoberta.

Para a cientista, Maryame El Moutamid na Universidade de Cornell, nos EUA, esse acontecimento pode explicar as peculiaridades do planeta. “Quando você tem um evento como esse, todo o sistema teria abalado e inclinado Saturno”.

Os pesquisadores realizaram 390 simulações do sistema de Saturno, 17 delas corresponderam ao planeta atual. Se o evento da destruição da lua  realmente aconteceu, explicaria a inclinação atual de Saturno, sua proximidade com Netuno e a origem dos anéis, tudo de uma só vez.

Porém, para Maryame, não será nada fácil comprovar essa teoria. “É difícil validar um evento como esse e aqui há dois eventos que teriam ocorrido ao mesmo tempo”. Para a cientista, trata-se de uma probabilidade, “que não é desprezível”.

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