TECNOLOGIA

ChatGPT cria meio para detectar texto feito por máquina

Ferramenta promete impedir que estudantes usem o robô para fazer trabalhos escolares

Da redação | 3 de fevereiro de 2023 - 21:55

A empresa OpenAI, criadora do ChatGPT, anunciou a criação de uma ferramenta que pode identificar a probabilidade de um texto ter sido escrito por um robô e não um humano.

O recurso não é 100% seguro, mas pode rotular os textos, supostamente escritos pelo aplicativo de inteligência artificial, da seguinte maneira:

– Muito improvável

– Improvável

– Incerto/não está claro, ou,

– Possivelmente (escrito pelo robô)

Segundo a OpenAI, a nova ferramenta é capaz de reconhecer não apenas os textos escritos pelo ChatGPT, mas também por outros softwares de inteligência artificial. Mas a empresa admite que ainda existem limitações e que o recurso deve ser usado como um complemento de outros métodos para identificar a origem de textos.

Intitulado “Classificador”, o recurso já está disponível no site da empresa. A probabilidade de acerto na classificação é maior para os textos que contenham no mínimo mil caracteres, ou seja, entre 150 e 250 palavras.

A descoberta de que o ChatGPT pode escrever textos sobre, praticamente, qualquer assunto chamou a atenção de professores e das escolas nos Estados Unidos. Depois que alguns alunos admitiram ter usado o aplicativo para produzir trabalhos, algumas escolas decidiram bloquear o sinal do site nas salas de aula. Ao mesmo tempo, muitos professores passaram a exigir provas orais e mudaram os métodos de avaliação, para impedir a “cola” feita com a ajuda do robô.

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Após a constatação de que o ChatGPT era capaz de passar nos exames para obter um MBA na Wharton School, da Universidade da Pensilvânia,  uma das mais prestigiadas escolas de administração dos Estados Unidos, a direção adotou uma política para lidar com a inteligência artificial nas aulas. Os alunos podem usar a ferramenta, desde que expliquem de forma detalhada para que usam o programa e como o utilizaram.

Antes mesmo que a OpenAI tivesse anunciado a criação de uma ferramenta para identificar textos produzidos por robôs, um aluno da Universidade de

Princeton criou um aplicativo, que ele batizou de GPTZero. O criador, Edward Tian, garante que seu aplicativo é capaz de detectar qualquer texto produzido por robôs.

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