MEIO AMBIENTE
Camada de ozônio pode ser restaurada, diz relatório da ONU

Camada de ozônio está se recuperando, diz relatório da ONU

Em até quatro décadas a camada de ozônio estará totalmente recuperada graças a uma história de sucesso ambiental

Por: Mario Augusto
Da redação | 10 de janeiro de 2023 - 17:00
Camada de ozônio pode ser restaurada, diz relatório da ONU

Relatório da Organização das Nações Unidas mostra que as ações internacionais adotadas até aqui para salvar a camada de ozônio estão funcionando e em algumas décadas essa camada estará restaurada.

A principal conclusão dos cientistas indica que o acordo internacional firmado, em 1987, para impedir o uso de  produtos químicos à base de clorofluorcarbonos (CFCs), que danificam a camada de ozônio, foi bem-sucedido e uma das responsáveis pela reconstituição natural da camada que protege o planeta da radiação ultravioleta.

Como se sabe, essa radiação, ao atingir a superfície da Terra, pode causar danos potenciais à saúde dos seres humanos, além de outros organismos vivos. Os raios ultravioleta danificam a cadeia de DNA e causam queimaduras solares, o que aumenta o risco, a longo prazo, de problemas de saúde, como o câncer de pele.

A destruição da camada

Foi a partir da década de 1970 que os cientistas começaram a observar a destruição da camada de ozônio. Na época, os clorofluorcarbonos, comumente encontrados em latas de spray, geladeiras, espumas de isolamento e aparelhos de ar condicionado, foram apontados como os principais vilões da destruição desta camada protetora da Terra.

Em 1985, a descoberta de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica gerou grande repercussão no mundo científico. Afinal, o escudo solar natural do mundo, que protege pessoas, plantas, animais e ecossistemas da excessiva radiação ultravioleta, havia sido rompido.

Camada de ozônio pode ser restaurada, diz relatório da ONU

A proteção do planeta depende da camada de ozônio. (Foto: Nasa)

Dois anos depois, 46 países assinavam o Protocolo de Montreal, com a promessa de eliminar gradualmente os produtos químicos nocivos à camada de ozônio. Mais tarde, o acordo se tornou o primeiro tratado da ONU a obter ratificação universal, e quase 99% das substâncias que destroem a camada de ozônio já foram eliminadas.

O resultado dessa medida pode ser visto agora. Segundo os cientistas, o buraco na camada de ozônio cresceu até o ano 2000. Depois disso, segundo o monitoramento, a sua área e profundidade começaram a diminuir lentamente.
É o que mostra um relatório coproduzido pelas agências do meio ambiente da ONU, EUA e União Europeia que atesta a eficácia do Protocolo de Montreal para a diminuição do buraco na atmosfera.

De acordo com o documento, se as políticas atuais forem mantidas, a camada de ozônio será restaurada para valores de 1980 – antes do surgimento do buraco na camada de ozônio – em diferentes pontos e em diferentes lugares.

A previsão é de que em 2066 a camada de ozônio sobre a Antártica – local onde houve a maior destruição – estará totalmente restaurada. Em 2045, o efeito também poderá ser observado na região do Ártico e em duas décadas em qualquer lugar do mundo.

O cálculo é de que somente a eliminação dos CFC’s da atmosfera ajudou a evitar que a temperatura venha a aumentar em até 1°C até 2050.

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