Ambientalistas pedem a libertação da gorila e de outros animais mantidos num zoo no alto de um shopping center
Bua Noi, a Pequena Lótus, tinha apenas 3 anos quando chegou ao Pata Zoo, um pequeno zoológico instalado no sétimo andar de um shopping center, em Bangkok, na Tailândia. Como ela já completou 30 anos e a média de vida dos gorilas gira em torno de 40 anos, isso significa que ela já passou quase toda sua existência atrás das grades. Um mundo muito distante do lugar onde nasceu, na Guiné Equatorial.
Apesar das pressões das ONGs, os donos do zoo se recusam a libertá-la, assim como os outros animais mantidos no local.
Um dos grupos mais empenhados na defesa da libertação de Bua Noi é o Wildlife Friends Foundation, organização sem fins lucrativos, que desenvolve há anos uma campanha pelo fechamento do zoo instalado no shopping center.
O tema voltou às manchetes nos últimos dias, depois que os proprietários do local ofereceram uma recompensa por informações que levem à prisão de um ativista que escreveu nas paredes do estabelecimento a frase: “Libertem Bua Noi”.
Bua Noi é a última gorila a viver em cativeiro no país. Nas redes sociais da Tailândia e países vizinhos, ela ganhou a fama de ser “a gorila mais triste do mundo”. O Pata Zoo mantém outras espécies no pequeno espaço no topo do shopping center, entre primatas, cabras, roedores e répteis.
Bua Noi: a gorila mais triste do mundo. (Foto: Wildlife Friends Foundation).
Além da Wildlife Friends Foundation, o PETA- People for the Ethical Treatment of Animals, também desenvolve campanha pela libertação de Bua Noi e dos outros animais. Segundo denúncias, os animais são mantidos em péssimas condições no pequeno zoológico, mantido para atrair clientes para o shopping. .
Após a saída dos grandes felinos, como os tigres e leopardos, removidos depois de longas campanhas, Bua Noi passou a ser a principal atração do Pata Zoo. O grupo PETA entrou em contato com os proprietários do local e pediu que os animais sejam transferidos para um santuário fora da capital, onde eles teriam árvores para subir, riachos e lagos, além de um habitat mais próximo daqueles de origem. Mas o pedido não foi aceito.
