Visita ratifica apoio dos EUA à coalizão ocidental que tem enviado ajuda financeira e militar à Ucrânia. Zelensky pede armas de longo alcance
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita surpresa à Ucrânia nesta segunda-feira (20/02). Biden se encontrou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, e manifestou seu gesto de solidariedade poucos dias antes do aniversário de um ano da guerra no país.
O encontro foi no Palácio Mariinsky, na capital Kiev, e Biden fez um discurso incisivo. “Um ano depois, Kiev está de pé. E a Ucrânia está de pé. A democracia está de pé. Os americanos estão com você e o mundo está com você”, afirmou o presidente dos EUA.
A visita à Ucrânia acontece em um momento importante em que Biden tenta manter os aliados unidos em seu apoio ao país do leste europeu, pois a guerra deve se intensificar e se estender por mais tempo. Ao mesmo tempo, Zelensky tem pressionando os aliados para acelerar o fornecimento de armas, tanques e caças à Ucrânia para fortalecer a ofensiva do país contra a Rússia. Com relação à entregue de caças à Ucrânia Biden até agora não atendeu os pedidos ucranianos.
No entanto, durante a visita surpresa à Kiev, Biden anunciou um repasse adicional de 500 milhões de dólares em assistência dos EUA, incluindo projéteis para obuses, mísseis antitanque, radares de vigilância aérea e outras suprimentos militares, mas nenhum novo armamento avançado.
Em sua fala, Zelenskyy destacou que na conversa com Biden os dois trataram sobre sobre o fornecimento de armas de longo alcance e as armas que podem fazer a diferença na defesa da Ucrânia, “embora não tenham sido fornecidas antes”. Mas o presidente ucraniano não detalhou quando esse repasse poderia ser feito.
Um momento tenso durante a visita Enquanto os dois presidentes saiam da Catedral de São Miguel, sirenes de ataques aéreos soaram sobre a capital gerando um clima de apreensão. Em seguida, Biden e Zelensky depositaram uma coroa de flores e fizeram um momento de silêncio no Muro da Memória em homenagem aos soldados ucranianos mortos desde 2014.
Em um ano de guerra, milhares de soldados e civis ucranianos foram mortos, milhões de refugiados fugiram da guerra e a Ucrânia sofreu dezenas de bilhões de dólares em danos à infraestrutura do país.
Esta é a primeira visita de Biden a uma zona de guerra como presidente. Antes dele, Donald Trump, Barack Obama e George W. Bush, fizeram visitas surpresas ao Afeganistão e ao Iraque durante para se reunir com tropas americanas e líderes desses países envolvidos nos conflitos militares.