Oito em cada dez fraudes acontecem nas mídias sociais, mercados online e aplicativos de namoro. "Epidemia de golpes", diz representante do setor
Os bancos do Reino Unido alertaram para um grande aumento nas fraudes realizadas por grupos que atuam nas diversas plataformas online. De acordo com um levantamento do banco britânico, Barclays, 77% são nas mídias sociais, mercados online e aplicativos de namoro. A TSB, outra instituição financeira britânica, aumentaram consideravelmente os casos de falsidade ideológica nas redes. A empresa também ressaltou que os golpes no WhatsApp triplicaram em um ano, enquanto as compras falsas no Facebook dobraram.
A TSB ressaltou: “houve um enorme pico de fraude em plataformas de propriedade da Meta, como WhatsApp e Facebook.” Um porta-voz da Meta disse à BBC que os golpes são “um problema de todo o setor”. Os golpistas estão usando métodos cada vez mais sofisticados para fraudar as pessoas de várias maneiras, incluindo e-mail, SMS e offline,” disse o funcionário da gigante da tecnologia.
Epidemia de golpes
Liz Ziegler, diretora de prevenção de fraudes do Lloyds Banking Group, disse que os bancos estão enfrentando uma “epidemia de golpes. Com mais de 70% começando com o contato por meio das principais plataformas de tecnologia, essas empresas devem ser responsabilizadas por interromper as fraudes na fonte e corrigir as coisas para as vítimas inocentes,” afirmou ela.
Enquanto isso, a TSB disse que 60% dos casos de golpe – quando um golpista vende um item que nunca pretende enviar ao comprador – acontecem no Facebook Marketplace, plataforma de negócios do grupo Meta. E dois terços dos casos de fraude de identidade estão acontecendo no WhatsApp. O banco ainda reforma que emitiu 2.650 reembolsos cobrindo esses casos somente em 2022.
De acordo com os números mais recentes da UK Finance, que representa o setor bancário e financeiro, 56% do valor total perdido em golpes foi devolvido aos clientes no primeiro semestre de 2022. Muitos bancos, incluindo NatWest, Lloyds e Barclays, assinaram o Código do Modelo de Reembolso Contingente, que visa devolver o dinheiro das vítimas em caso de esquema de pagamento autorizado.