ECONOMIA
Bancos centrais lançam ação coordenada para acalmar mercado financeiro
Sede do Federal Reserve, o Banco Central americano. (Foto: Flickr)

Bancos centrais lançam ação coordenada para acalmar mercado financeiro

Bancos Centrais da Europa, Inglaterra, Japão, Canadá, EUA e Suíça aderiram a um "backstop" para manter o volume de crédito no mercado

Por: Mario Augusto
Da redação | 20 de março de 2023 - 10:55
Bancos centrais lançam ação coordenada para acalmar mercado financeiro
Sede do Federal Reserve, o Banco Central americano. (Foto: Flickr)

Bancos centrais de vários países tomaram medidas rápidas para manter o fluxo de crédito nos sistemas financeiros mundiais e, assim, evitar um contágio sistêmico depois que as falências de dois bancos americanos e o resgate do Credit Suisse provocaram turbulência nos mercados globais. Eles fizeram um acordo de fluxo de caixa em dólares americanos, chamado de “backstop”, que começou a valer nesta segunda-feira (20/03) e deve valer até o final de abril.

Pela ação coordenada, em vez de tomar empréstimos no mercado aberto, os bancos britânicos poderão ir diretamente ao Banco da Inglaterra, que tomará emprestado do Federal Reserve dos Estados Unidos. E o mesmo funcionará para os bancos da zona do euro, Canadá, Japão, Suíça e Estados Unidos, de modo que os bancos poderão acessar esse financiamento diariamente.

Bancos centrais lançam ação coordenada para acalmar mercado financeiro

Sede do Banco Central da Inglaterra, em Londres. (Foto: Wikipedia)

backstop contou com a adesão dos Bancos Centrais da Europa, Inglaterra, Japão, Canadá, Suíça e o Federal Reserve dos Estados Unidos. Essa é uma situação extrema, de afogadilho, que havia sido adotada pela última vez durante a crise financeira de 2008 e no auge da pandemia de Covid-19.

Desde que o Silicon Valley Bank e o Signature Bank quebraram nos EUA na semana passada, os mercados de ações caíram vertiginosamente, gerando temores de que o mesmo pudesse ocorrer com outros bancos. Isso gerou uma corrida entre os correntistas para resgatar valores depositados. A grande preocupação é de que outros credores possam ter problemas depois que os recentes aumentos nas taxas de juros deixaram algumas instituições com enormes perdas.

Analistas avaliam que o sistema bancário continua sob pressão nesta segunda-feira, mesmo após o resgate forçado do Credit Suisse, o segundo maior credor da Suíça neste fim de semana. Os bancos centrais justificaram a ação como uma medida de segurança para acalmar os mercados globais e diminuir o impacto na oferta de crédito para famílias e empresas.

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