Efeito mostra que choque foi potente, mas Nasa ainda não sabe se ele foi suficiente alterar rota do corpo celeste
O asteroide Dimorphos, que foi atingido intencionalmente pela sonda Dart da Nasa, na primeira experiência desse tipo para simular ataque para desviar corpos celestes em rota de colisão com a Terra, produziu uma imagem única no espaço. Um rastro de mais de 10 mil quilômetros de detritos chamou a atenção dos cientistas e foi registrado pelo telescópio SOAR.
A imagem, gravada dois dias após a colisão, mostra uma pluma parecida com a cauda de um cometa se espalhando atrás da rocha gigante. Os cientistas dizem que o rastro ainda ficará maior até que se dissipe completamente e se transforme em poeira espacial comum.
Agora, os cientistas trabalham para confirmar se o teste deu certo, ou seja, se a trajetória do asteroide foi realmente alterada. Os movimentos do asteroide serão monitorados pelas próximas semanas e meses até que os astrônomos tenham essa resposta. Eles analisarão as mudanças na órbita do Dimorphos em torno de outro asteroide chamado Didymos.
A missão Dart custou US$ 325 milhões. A espaçonave da Nasa colidiu intencionalmente com o asteroide para desviar o seu curso. O choque programado resultou na destruição da sonda.
“Estamos embarcando em uma nova era da humanidade, uma era em que potencialmente temos a capacidade de nos proteger de algo como um perigoso impacto de asteroide. É incrível; nunca tivemos essa capacidade antes”, destacou Lori Glaze, diretora de ciência planetária da Nasa.