Um estudo da Universidade de Tel Aviv e do Instituto de Pesquisa Oceanográfica e Limnológica de Israel promete revolucionar a medicina com um composto natural encontrado no fundo dos oceanos. As algas marinhas possuem propriedades medicinais significativas que podem ser usadas no tratamento de diabetes, câncer, inflamações, além de serem antivirais e antibióticas.

As espécies de algas marinhas estudadas suportam condições extremas, como mudanças na salinidade, temperatura, disponibilidade de nutrientes e alta exposição à radiação solar. Para sobreviver, elas desenvolveram mecanismos de defesa química únicos, produzindo compostos naturais que os ajudam a lidar com esses ambientes hostis.

Algas marinhas cultivadas usando o novo método de pesquisa. (Foto: Doron Ashkenazi)

“As algas, também conhecidas como macroalgas, são plantas marinhas que formam a base do ecossistema costeiro. As algas absorvem dióxido de carbono e liberam oxigênio para o meio ambiente. Eles purificam a água, fornecem alimento, habitat e abrigo para inúmeras espécies de peixes e invertebrados,” diz o autor do estudo Doron Ashkenazi.

Estudo inovador

Doron e sua equipe conseguiram não só dobrar os antioxidantes encontrados nas algas marinhas, como triplicar sua quantidade de filtro solar natural e aumentar em dez vezes seus pigmentos protetores exclusivos de alto valor medicinal.

“Desenvolvemos condições de cultivo ideais e criamos um método novo e limpo para aumentar os níveis de compostos bioativos naturais e saudáveis ​​nas algas marinhas”, explica Ashkenazi em um comunicado à imprensa.

“Criamos ‘superalgas marinhas’ projetadas especificamente para uso em indústrias emergentes de saúde para aplicações em alimentos e saúde”, conclui.