Equipamentos enviados pelos EUA à Ucrânia incluem os poderosos lança-foguetes de artilharia de alta mobilidade, os Himars
A decisão dos EUA de ampliar a ajuda militar à Ucrânia “aumenta o perigo de um confronto militar direto” entre a Rússia e o Ocidente, alertou o governo russo. O embaixador da Rússia nos EUA, Anatoly Antonov, disse que era uma “ameaça imediata” a seu país, descrevendo os EUA como “participantes do conflito”.
Mais cedo, os EUA anunciaram outros US$ 625 milhões (£ 547 milhões) em ajuda militar à Ucrânia. O armamento avançado dos EUA foi creditado por ajudar a Ucrânia a ganhar impulso contra as forças russas de ocupação. As tropas ucranianas fizeram avanços significativos no nordeste e sul do país nas últimas semanas.
Em um comunicado, Antonov alertou que a decisão dos EUA “de continuar fortalecendo o regime de Kiev com armas pesadas apenas garante o status de Washington como participante do conflito”. Ele disse que isso resultaria em “derramamento de sangue prolongado e novas baixas”. “Pedimos a Washington que pare com suas ações provocativas que podem levar às consequências mais graves”, disse o embaixador russo.
Depois de sofrer uma série de grandes derrotas no campo de batalha na Ucrânia nas últimas semanas, a Rússia prometeu se defender com todos os meios disponíveis — não descartando o uso de suas armas nucleares. Moscou também está avançando com suas tentativas de anexação de quatro regiões da Ucrânia: Donetsk e Luhansk no leste, e Kherson e Zaporizhzhia no sul.
A Rússia, porém, não controla totalmente nenhuma das regiões, e as tropas ucranianas têm feito avanços rápidos na região de Kherson nos últimos dias. A advertência de Antonov vem logo após o presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente Kamala Harris, discutirem mais cooperação militar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.