Empresas oferecem bônus ou reajustes para cobrir custos com alimentação e combustível
Com a inflação batendo recordes na Inglaterra e Estados Unidos, empresas dos dois países se mobilizam para ajudar os funcionários a enfrentar os preços dos alimentos, transportes e moradia. A exemplo da maioria dos países, o aumento nos preços do petróleo no mercado internacional resultou na elevação dos custos de produção, principalmente no setor de alimentação.
No Reino Unido, a inflação bateu a marca de 9,4% e nos Estados Unidos 9,1%. Nos dois países, é o maior índice em mais de quatro décadas. A Rolls-Royce anunciou a concessão de um bônus de 2.000 libras (cerca de 14 mil Reais) para seus 14 mil funcionários. Ainda no Reino Unido, os bancos Barclays e Lloyds optaram por conceder reajustes salariais aos empregados, enquanto o banco Virgin Money concedeu um bônus de 1 mil libras (cerca de 7 mil reais), além de um aumento de 5%.
Nos Estados Unidos, a ExxonMobile anunciou a concessão de um reajuste de 3% em todos os salários, enquanto a Microsoft vai dobrar os reajustes concedidos por mérito.
Por sua vez, empresas pequenas ou médias norte-americanas estão concedendo ajudas de custo em torno de 50 dólares por semana (cerca de 300 Reais), para cobrir os custos de combustíveis, além de refeições gratuitas.
Pesquisa realizada com 3 mil pessoas, no Reino Unido, indica que 45% delas estavam reivindicando o retorno ao home office, adotado no início da pandemia de Covid-19, como forma de reduzir as despesas com combustíveis.
Ao mesmo tempo, a empresa Society for Human Resource Management (SHRM) revelou que empresas dos Estados Unidos estão optando pela adoção de um sistema híbrido, liberando os funcionários para trabalhar à distância dois ou três dias por semana. Com isso, alcançam dois objetivos: permitem aos empregados economizar no transporte e também evitam que eles sejam assediados pela concorrência para mudar de emprego.
Uma outra pesquisa, realizada pelo banco Goldman Sachs com 10 mil pequenas empresas, mostrou que 67% delas concederam aumentos de salários, nos últimos meses, com o objetivo de evitar a perda de funcionários. Mesmo diante do fato de que 91% deles tenham admitido que a situação da economia norte-americana e internacional esteja afetando seus negócios.