Acordo vai beneficiar latino-americanos que também poderão optar pelo Canadá
Depois do Canadá, o governo dos Estados Unidos deve fechar um acordo com a Espanha para receber imigrantes da América Latina. O presidente Joe Biden e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez estão negociando os termos desse tratado, que não prevê a inclusão dos imigrantes ilegais que já se encontram nos Estados Unidos.
O programa de imigração se destina a latino-americanos que pretendem deixar seus países para fugir da pobreza e da violência. Acordo nesse sentido já foi assinado entre os EUA e Canadá. Os candidatos devem iniciar os trâmites em seus próprios países, para obter um visto de entrada.
Tanto a Espanha como o Canadá precisam de trabalhadores para diversas áreas, como agricultura, construção civil e outras que não exigem especialização. No caso da Espanha, também existe demanda para os setores de turismo e tecnologia. Ao aceitarem os latino-americanos os dois países estarão contribuindo para reduzir a pressão migratória sobre os EUA, que já estão com milhares de imigrantes ilegais no país, além de outros ao longo da fronteira com o México.
Dados do governo norte-americano indicam que mais de meio milhão de imigrantes entraram, ilegalmente, nos Estados s Unidos, em apenas nos últimos seis meses. A maioria desses imigrantes é de venezuelanos, colombianos, peruanos, equatorianos e de países da América Central, como a Guatemala, El Salvador e Nicarágua.
Os primeiros centros de triagem e análise de vistos estão sendo instalados na Colômbia e Guatemala e devem começar a funcionar em breve. Outos 100 serão montados nos próximos meses em diversos países da América Latina. Os candidatos terão de optar pela Espanha, Canadá e Estados Unidos, mas as chances serão maiores nos dois primeiros. Um programa semelhante vai beneficiar refugiados da Ucrânia.
O ministro para Segurança Social da Espanha, José Luis Escrivã, disse recentemente que o país vai promover mudanças nas leis de imigração, de forma a facilitar a entrada de trabalhadores estrangeiros, com o objetivo de enfrentar a falta de mão de obra que afeta as empresas e dificulta o crescimento econômico.