Mais de 100 mil cópias foram vendidas. Após sucesso absoluto, veículo francês fala em 60 mil novos exemplares
Marlene Schiappa, ministra da Economia Social, posou para a tradicional revista Playboy. Em menos de três horas de vendas a edição esgotou, isso representa mais de 100 mil exemplares vendidos. Uma nova leva de 60.000 – já estaria rodando na gráfica para atender a alta demanda.
A ministra causou grande repercussão nas redes sociais quando anunciou que seria capa da revista. Apesar de toda a polêmica Schiappa está vestida na sessão de fotos. A medida atraiu a ira de seus oponentes políticos e colegas. A primeira-ministra Elisabeth Borne disse a Schiappa que sua decisão “não foi apropriada, especialmente no período atual”. O episódio deu mais munição para os opositores, que tomaram as ruas do país há semanas contra impopular reforma da Previdência promovida por Emmanuel Macron.
As fotos são acompanhadas de uma entrevista sobre os direitos das mulheres e dos LGBTs, e também sobre o aborto.
Schiappa defendeu sua decisão de aparecer na revista, escrevendo no Twitter: “Defendendo o direito das mulheres de fazer o que quiserem com seus corpos: em todos os lugares e o tempo todo. Na França, as mulheres são livres. retrógrados e hipócritas ou não”.
Schiappa, 40, é convidada regular de programas de entrevistas na TV francesa e foi uma autora feminista antes de iniciar na carreira política. Ela escreveu sobre os desafios da maternidade, saúde da mulher e gravidez. Quando era ministra da Igualdade, em 2018, Schiappa apresentou uma legislação proibindo as vaias e o assédio nas ruas. Mas esta não é a primeira vez que ela se envolve em polêmica. Em 2010, ela escreveu um livro com dicas de sexo para pessoas com sobrepeso.
O editor chefe da Playboy apoiou a decisão de Schiappa de aparecer na revista, descrevendo-a como a ministra mais “compatível com a Playboy” no gabinete de Macron, devido ao seu forte apoio aos direitos das mulheres.
Ele também defendeu a própria revista, muito criticada pelas feministas que veem como a objetificação dos corpos das mulheres. “A Playboy não é uma revista pornográfica leve, mas um ‘mook’ trimestral de 300 páginas (uma mistura de livro e revista) que é intelectual e está na moda”, disse ele. Segundo Florentin, embora a revista ainda contenha “algumas mulheres nuas… elas não são a maioria das páginas”.