Estudo prevê que os robôs podem substituir um 1/4 de toda a mão de obra nos EUA e Europa
A inteligência artificial poderá substituir 300 milhões de trabalhadores, nos próximos anos, segundo estudo divulgado pelo banco de investimento Goldman Sachs. O impacto da mudança, numa etapa inicial, será maior na Europa e Estados Unidos, onde 1/4 da força de trabalho poderá ser substituída pelos robôs, alerta o relatório.
Além de roubar os empregos, os robôs trazem outra ameaça: o trabalho das máquinas vai permitir um aumento de até 7% no PIB – o Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que um país produz na indústria, agricultura, serviços e outros setores.
A mudança mais significativa deve acontecer em tarefas onde será praticamente impossível distinguir a diferença no resultado, entre um trabalho humano ou da máquina. O impacto no mercado de trabalho vai variar nos diferentes setores. Exemplos:
Com o uso cada vez maior de tecnologia no mundo do trabalho o que acontecerá com os profissionais que serão substituídos pelos robôs? Afinal, como esse enorme contingente de pessoas vai sobreviver sem os seus antigos empregos? O estudo do Goldman Sachs traz uma pista. A substituição de mão de obra pode levar à criação de novos empregos.
“A única coisa de que tenho certeza é que não há como saber quantos empregos serão substituídos pela IA generativa”, afirma Carl Benedikt Frey, da Universidade de Oxford. “O que o ChatGPT faz, por exemplo, é permitir que mais pessoas com habilidades medianas de redação produzam ensaios e artigos”, ironiza o economista e historiador que dirige o programa sobre o Futuro do Trabalho na Oxford Martin School.
O especialista acredita que algumas profissões, como o jornalismo, serão mais afetadas pela inteligência artificial e o resultado, segundo Frey, será o aumento da concorrência e a redução de salários, a menos que haja um aumento significativo na demanda por produção de conteúdos especializados.
Artistas e designers visuais também demonstram preocupação com os geradores de imagens de IA que podem fazer grande parte do trabalho de criação de imagens, o que pode ameaçar muitos postos de trabalho em curto prazo.