Nova legislação está gerando oportunidades de trabalho que contribuem na luta contra as mudanças climáticas
Bloomberg
Entre agosto do ano passado, quando a histórica lei climática do presidente Joe Biden se tornou realidade, e o final de janeiro de 2023, as empresas anunciaram a criação de mais de 100 mil empregos na área de energia limpa nos EUA, de acordo com uma análise feita pela organização sem fins lucrativos Climate Power.
No período de 7 meses, a ONG monitorou levantamentos do governo e anúncios de contratação para estimar quantas oportunidades de trabalho foram geradas nos setores que visam reduzir as emissões de gases do efeito estufa, incluindo a fabricação de veículos elétricos, baterias, turbinas eólicas e painéis solares. A organização acredita que o número pode ser bem maior porque nem todos os setores que podem gerar empregos foram incluídos nos levantamentos.
A Climate Power identificou mais de 90 projetos novos de energia limpa, em 31 estados, desde que Biden assinou a Lei de Redução da Inflação, representando um total de quase 90 bilhões de dólares (467 milhões de reais) em novos investimentos.
A maioria deles está no Arizona, Geórgia, Michigan, Ohio, Carolina do Sul, Tennessee e Texas. A Geórgia atraiu o maior investimento até agora, com cerca de 15 bilhões de dólares (78 milhões de reais), que devem gerar cerca de 17.000 empregos. Os projetos incluem uma fábrica de painéis solares de 2,5 bilhões de dólares (13 milhões de reais) e novas fábricas de baterias fora de Atlanta para abastecer os veículos elétricos Hyundai e Kia.
A nova legislação, que visa cortar as emissões climáticas do país em 40% em relação aos níveis de 2005 até 2030, fornece bilhões de dólares em créditos fiscais e outros incentivos para empresas que desenvolverem projetos nas chamadas indústrias verdes, ou seja, que não emitem ou emitem taxas bem reduzidas de poluentes.
A primeira foto desta reportagem é do U.S. Department of Energy Office.