Composto de níquel e ferro, o Psique é um dos maiores asteroides do sistema solar
Em Outubro, um foguete Falcon Space X vai partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, levando uma nave que vai investigar um dos mais intrigantes objetos do sistema solar: o asteroide Psique, que tem um diâmetro de 220km e é composto em boa parte de ferro e de níquel – metal valioso por ser muito resistente à corrosão e, por isso, utilizado na produção de ligas metálicas, além de ser um componente de baterias.
Descoberto pelo cientista italiano Annibale de Gasparis, em 1852, o asteroide foi batizado com o nome de Psique, em homenagem à deusa grega da alma. De acordo com a mitologia grega, Psique era a filha mais nova do rei Mileto e era de uma beleza tão intensa que as pessoas viajavam grandes distâncias só para vê-la.
Um dos maiores do sistema solar, o Psique se destaca no cinturão de asteroides que orbitam entre Marte e Júpiter. Calcula-se que quase 2 milhões de asteroides com mais de 1 km de diâmetro circulam pelo cinturão, além de milhões de outros bem menores.
A Missão Psique, da Nasa, vai levar 3 anos e meio para chegar até o asteroide. Em seguida, vai passar 21 meses em sua órbita, fotografando por todos os ângulos.
Os cientistas acreditam que o Psique é o que sobrou de um planeta que não chegou a se formar, há bilhões de anos. Como é formado por níquel e ferro, ele se diferencia dos demais que, em sua maioria, são constituídos de rocha e gelo.
Sua composição explica o fato de ter seu valor calculado em 70.000 vezes a soma da economia global, algo estimado em torno de 10.000 quintilhões de dólares.
O programa Psiche será utilizado para testar novas tecnologias de comunicação espacial. Os cientistas da NASA acreditam que esses sistemas serão capazes de transmitir dados e comunicação de forma mais eficiente, agora que as viagens espaciais tendem a se tornar mais longas. Por exemplo, quando forem enviadas missões tripuladas a Marte, possivelmente, no final desta década.