Nova legislação para o meio-ambiente quer ampliar uso de energia limpa e carros elétricos nos EUA
Após uma votação acirrada no Senado americano, o presidente Joe Biden assina hoje uma nova legislação que deve promover importantes mudanças na política dos Estados Unidos em defesa do meio ambiente. O pacote de medidas, que representou uma grande vitória para o Partido Democrata, passou no Senado com a diferença de apenas um voto: 51 a 50, graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris. Além de medidas para combater as mudanças climáticas, que vão exigir investimentos de US$ 375 milhões, a nova legislação inclui propostas para reduzir a inflação, baixando os preços dos medicamentos e aumentando impostos para as empresas.
O projeto de lei direciona investimentos, créditos fiscais e empréstimos para ampliar o uso de tecnologias como a de painéis solares, melhorar a eficiência energética doméstica e desenvolver equipamentos de redução de emissões para usinas de energia movidas a carvão e gás. Também estão previstas medidas para controlar de poluição do ar em fazendas, portos e no exterior, em países de baixa renda. O pacote de medidas tem como objetivo impulsionar o uso de energia verde pelos consumidores.
Na saúde, a lei prevê gastos por pessoa com medicamentos prescritos a US$ 2.000 por ano, para os beneficiários do Medicare, plano de saúde oficial para idosos ou pessoas com necessidades especiais. A medida deve beneficiar cerca de 13 milhões de americanos e será custeada pelas novas taxas sobre grandes empresas e aumento da fiscalização do imposto de renda, o Internal Revenue Service (IRS), de pessoas físicas e jurídicas ricas.
A população recebeu bem o pacote. Entretanto, os Republicanos, da oposição, fizeram críticas. Para eles, a iniciativa é populista e dedicada exclusivamente a alavancar votos para os Democratas na eleição parlamentar neste segundo semestre. Biden sofre, no momento, com um desgaste de imagem devido ao aumento da inflação americana.
A oposição questiona ainda a dimensão dos gastos oficiais com o pacote, alegando que se trata apenas de uma lista de desejos populistas da esquerda. De acordo com o grupo, a nova lei prejudicaria a oferta de empregos e o crescimento da economia, contribuindo assim com o risco de recessão.
O presidente assinará hoje (16/08) a lei que cria o pacote em uma pequena cerimônia, na sala de jantar da Casa Branca. Mas prepara uma celebração maior de lançamento das medidas no dia 6 de setembro.