INTERNACIONAL

Dólares no sofá podem derrubar presidente sul-africano

Ramaphosa admite ter escondido dinheiro, mas alega que era "produto de uma venda de búfalos"

Por: Carlos Taquari
Da redação | 2 de dezembro de 2022 - 21:55

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, está sob pressão para renunciar, diante das denúncias de corrupção, que ganharam maior impacto após as notícias de que mantinha uma grande quantidade de dólares escondidos no fundo de um sofá.

Pelo menos 4 milhões de dólares – os jornais sul-africanos dizem que a quantia verdadeira seria de 8 milhões – foram roubados de uma fazenda de Ramaphosa. O ex-chefe de Segurança do Estado, Arthur Fraser, ao depor sobre o assunto, afirmou que Ramaphosa não denunciou o roubo “para evitar uma má repercussão”.

Mas o presidente garante que não se tratava de milhões de dólares, mas de “apenas” 580 mil dólares que, segundo ele, “resultaram da venda de 20 búfalos a um negociante sudanês”, não foi identificado.

Setores do Congresso Nacional Africano (CNA) pressionam para que Ramaphosa renuncie à presidência e também deixe o comando do partido. O caso do dinheiro no sofá não é a única suspeita de corrupção contra o presidente, que também é alvo de outras investigações.

Rampahosa chegou ao poder em 2018, após uma campanha eleitoral em que prometia uma cruzada contra a corrupção. Ex-militante da luta contra o regime racista do apartheid, ele ingressou ainda jovem no CNA, onde fez uma carreira vitoriosa até chegar à presidência.

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