Peru em chamas! Mais de 50 pessoas feridas em protestos no país

Manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e eleição

Da redação | 21 de janeiro de 2023 - 10:10

Pelo menos 58 pessoas ficaram feridas em protestos na noite desta sexta-feira (20/01) em Lima, capital do Peru. Os manifestantes foram reprimidos pela polícia em protestos contra o governo da presidente Dina Boluarte, que se espalham pelo país.

Em Lima, policiais usaram gás lacrimogêneo para reprimir manifestantes que atiraram garrafas de vidro e pedras contra as forças de segurança e promoveram incêndios. No interior do país, duas delegacias de polícias foram incendiadas pelos manifestantes.

Peru em chamas! Mais de 50 pessoas feridas em protestos no país

Manifestantes incendiaram um prédio histórico no centro de Lima. (Captura/vídeo/Youtube)

Os distúrbios desta sexta-feira explodiram após um dia turbulento em que um dos prédios históricos mais importantes de Lima foi totalmente queimado. Trata-se de uma mansão de quase um século no centro da capital peruana descrita pelas autoridades como a perda de um “bem monumental”.

Repressão e mortes

A presidente do Peru, Dina Boluarte, prometeu endurecer a repressão aos manifestantes a quem se referiu como “vândalos”. “Todo o rigor da lei recairá sobre as pessoas que agiram com vandalismo”, disse Boluarte.

Milhares de manifestantes se concentraram em Lima esta semana para protestar contra o crescente número de mortos nos protestos. Os números oficiais mostram que até sexta-feira, 45 pessoas morreram nos confrontos com as forças de segurança do país. Grupos de direitos humanos acusaram a polícia e o exército de usar armas de fogo letais. A polícia diz que os manifestantes estão usando armas e explosivos caseiros.

Os protestos começaram em dezembro do ano passado, desde que o presidente Pedro Castillo foi deposto e preso pelo Exército. Castillo tentou fechar o Congresso Nacional para evitar a votação de seu impeachment. Os manifestantes, que apoiam Castillo, exigem a renúncia de Dina Boluarte e a convocação de eleições antecipadas.

“É um caos nacional, você não pode viver assim. Estamos em uma incerteza terrível – a economia, o vandalismo”, disse Leonardo Rojas, morador de Lima.

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