ECONOMIA
Venezuela: 7 milhões de refugiados. (Foto: Associated Press)

Zimbabwe e Venezuela lideram a lista de países em pior situação

Índice leva em conta o desemprego, inflação e crescimento do PIB. Argentina também faz parte do grupo

Por: Carlos Taquari
Da redação | 23 de maio de 2023 - 19:07
Venezuela: 7 milhões de refugiados. (Foto: Associated Press)

O Índice Anual de Miséria Hanke (Hanke’s Annual Misery Index -HAMI), que aponta os países em pior situação econômica no mundo, coloca o Zimbawe, país situado no Sul da África, e a Venezuela, como o primeiro e segundo colocados, na edição de 2022. A elaboração desse ranking leva em conta os dados do desemprego, inflação, taxa de juros e o crescimento do PIB. Foram avaliados 157 países e o Brasil está em 27º lugar. Os 10 países em pior situação, pela ordem, são:

1 – Zimbabwe

2 – Venezuela

3 – Síria

4 – Líbano

5 – Sudão

6 – Argentina

7 – Iemen

8 – Ucrânia

9 – Cuba

10 – Turquia

Atualmente, o índice está sob a responsabilidade do professor Steve Hanke, do Departamento de Economia da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O país em melhor situação é a Suíça, colocada na 157ª posição. Entre os países mais desenvolvidos, a Alemanha aparece no 135º lugar, os EUA 134º, Reino Unido 129º e a França 117º.

O índice Hanke não leva em conta apenas o crescimento do PIB e o rateio per capita. A inflação, o desemprego e o custo dos empréstimos bancários, segundo o professor, indicam as dificuldades de crescimento e acabam impedindo melhoras reais na vida das pessoas.

No ano passado, a inflação no Zimbabwe alcançou um recorde de 243,8% e a taxa anual de juros chegou a 131.8%.

A Venezuela, desde o governo de Hugo Chavez (2002-2013) e agora sob Nicolas Maduro (desde 2013 no poder), vem passando por uma crise econômica que levou 7 milhões de venezuelanos a deixarem o país. A inflação passou de 300%, em 2022, o que acabou com o poder aquisitivo da população. Embora tenha uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a produção da empresa estatal PDVSA, no ano passado, caiu 76% e só passou a ter alguma recuperação, nos últimos meses, graças às sanções econômicas da Rússia que reduziu o fornecimento de gás e petróleo para o Ocidente.

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