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WhatsApp contra a lei de supervisão do conteúdo de aplicativos

Telegram e Signal também se opõem ao projeto em debate no Reino Unido sobre segurança nas redes

Por: Lucas Saba
Da redação | 18 de abril de 2023 - 20:55
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WhatsApp, Signal, Telegram e outros serviços de mensagens se posicionaram contra a chamada Lei de Segurança Online, ou como ela é conhecida, “lei da vigilância em massa”, que está em debate no Reino Unido. As empresas alertam que o projeto pode prejudicar a criptografia de ponta a ponta, ou seja, a mensagem só pode ser lida pelo remetente e o destinatário. As autoridades querem regular as plataformas e monitorar os usuários, com o objetivo de combater o abuso infantil.

O governo americano diz que é possível ter, ao mesmo tempo, privacidade e segurança para as crianças. “Apoiamos a criptografia forte, mas isso não pode prejudicar a segurança pública. As empresas de tecnologia têm o dever moral de garantir que não estão impedindo elas próprias e as autoridades policiais de combater os níveis sem precedentes de abuso sexual infantil em suas plataformas,” disse um funcionário do governo.

WhatsApp

O WhatsApp se posicionou contra a nova lei que tira a criptografia das mensagens. (Crédito: Pexels)

A criptografia de ponta a ponta fornece o nível mais robusto de segurança porque ninguém, além do remetente e do destinatário, pode ler as informações da mensagem. Mas com a nova lei isso será possível.

Em uma carta aberta publicada nesta terça-feira, os operadores de aplicativos de mensagens criptografadas alertam: “Enfraquecer a criptografia, minar a privacidade e introduzir a vigilância em massa das comunicações privadas das pessoas não é o caminho a seguir.” O comunicado foi assinado por alguns dos presidentes de aplicativos de mensagens.

Para os especialistas em tecnologia, o projeto de lei pode encorajar governos ditatoriais a formularem legislações de vigilância. O Reino Unido diz que formas tecnológicas podem ser encontradas para monitorar as mensagens sem acabar com a privacidade. A empresa britânica Element, chamou a proposta de “espetacular violação da privacidade… equivalente a colocar uma câmera no quarto de todas as pessoas”.

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