Desde que a espécie foi descoberta em 1941, o dugongo passou a ser alvo da cobiça de pescadores, que buscam a carne e o óleo que um peixe que chega a pesar 500 quilos pode proporcionar. Pertencente à espécie dos sirênios, mamíferos marinhos herbívoros, o Dugongo, da mesma família do peixe-boi, também é conhecido como “vaca marinha”.

Em outros tempos, a espécie chegou a frequentar o litoral de 40 países, mas hoje está se tornando cada vez mais rara. Daí ter sido incluído pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) na lista dos 150 mil animais sob risco de extinção.

Na China, o animal já é considerado inexistente ou a quantidade é tão pequena que fica impossibilitado manter uma população viável. A grande preocupação, agora, é garantir a existência da espécie em áreas onde é mais procurado pelos pescadores. Por exemplo, na costa de Moçambique e na Austrália, onde uma população extremamente reduzida ainda sobrevive. Apenas uns 250 indivíduos, segundo os especialistas.

Dugongo: dócil e acessível, animal corre risco de extinção. (Crédito: Reprodução Twitter)

Os dugongos podem medir até oito metros de comprimento e pesar cerca de 5oo quilos. Apesar do tamanho, eles têm medo do homem e, sempre que possível, tentam se afastar. Alimentam-se de vegetais como algas, grama-marinha e raízes de kelp. Também são monogâmicos, ou seja, possuem apenas um companheiro ou companheira até o final da vida.

A espécie é uma presa fácil, pois vive em águas rasas para poder respirar. Além disso, são muito prejudicados pela perda de ervas marinhas devido a poluição dos oceanos. Países estão se reunindo em Montreal, no Canadá, para chegar a um acordo de controle da natureza e conter a extinção dos dugongos, juntamente com as mais 150 mil espécies. O objetivo das nações é proteger 30% da terra e do mar em todo o mundo até 2030.

Os dugongos são considerados animais mágicos, pois já eram vistos nos mares há muito tempo atrás, mais de 300 anos. Entretanto, praticamente desapareceram a partir de 1768. Incrivelmente, depois de muitos anos, em 1941, a espécie voltou a ser vista pelo naturalista alemão, Georg Steller.