SAÚDE

Ursos, tigres e crocodilos, resgatados de um zoológico

No total, oitenta animais submetidos a condições precárias foram removidos para outros zoos e santuários

Da redação | 28 de dezembro de 2022 - 21:55

The Washington Post

Imaginem arrumar lugar para abrigar 4 crocodilos, 3 cobras Python, 2 ursos asiáticos, 2 tigres e 1 leão, além de macacos, pôneis, esquilos e outras espécies, num total de 80 animais. Esta foi a tarefa enfrentada por um grupo de voluntários, que incluem defensores dos direitos dos animais, veterinários e biólogos. Todos eles foram mobilizados para remover os animais que viviam em condições precárias, num zoológico de Cumberland, em Maryland, nos Estados Unidos.

A transferência dos animais só foi realizada depois que um juiz local autorizou a remoção, levando em conta o pedido de uma organização de defesa dos animais. A operação teve um custo de 200 mil dólares (mais de 1 milhão de reais) pagos com doações. O dinheiro serviu para o transporte, cuidados médicos e alimentação, entre outras providências.

Foram semanas de planejamento e, após uma complicada logística, os animais foram levados para 14 zoológicos ou santuários, nos Estados da Carolina do Norte, Indiana, Colorado, Texas e Califórnia.

A operação foi coordenada pela PETA – People for Ethical Treatment of Animals, organização sem fins lucrativos. “Foi difícil, realmente, muito difícil”, afirmou Brittany Peet, diretora da PETA. Segundo Brittany, esse foi o maior e mais complexo resgate já realizado pela entidade, além do fato de que muitos estavam com a saúde bastante debilitada.

“Não estávamos lidando com algumas chinchilas, para as quais é fácil arranjar acomodação. Trata-se de 30 espécies diferentes, algumas exigindo condições muito especiais de transporte. O urso macho pesa 300 quilos e a fêmea, 250”, explicou Brittany.

Zoológico

Lagarto recebe tratamento dos veterinários, antes de ser transferido para outro local. (Foto: PETA)

Para compensar o desgaste da remoção e transporte, os ursos foram premiados com uma de suas refeições preferidas: sanduíches de geleia de amora e uvas. Um cuidado adicional, durante a operação, era manter os ursos longe de alguns companheiros de viagem, que poderiam correr risco de vida se ficassem ao alcance, como os patos, um pequeno porco e até alguns macacos.

Os mais felizardos são aqueles que foram parar num santuário localizado em Alpine, na Califórnia, denominado “Lions, Tigers and Bears”, onde é proibida a entrada de visitantes.

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