Europeus também decidem suspender seguro por transporte marítimo de óleo
Os países da União Europeia decidiram estabelecer um preço de 60 dólares (312 reais) por barril de petróleo russo, como parte das sanções destinadas reduzir os recursos financeiros da Rússia e levar o país a suspender a guerra na Ucrânia.
Antes mesmo da aprovação do acordo, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que não aceitará a imposição e que vai aplicar retaliações contra os países que insistir no preço de 60 dólares por barril. Atualmente, no mercado internacional o barril está sendo vendido a 85 dólares.
A aprovação do acordo nesta sexta-feira está relacionada com a entrada em vigor, no dia 5, de outras duas medidas contra a Rússia. A primeira é um embargo da União Europeia ao petróleo russo transportado por navios. E a segunda é a proibição de que empresas europeias façam seguro para petroleiros russos e de outras bandeiras, que estejam transportando óleo daquele país.
Kaja Kallas, a primeira-ministra da Estônia, esperava que os países da UE aprovassem um preço menor ainda para o petróleo russo. “Paralisar as receitas de energia da Rússia está na essência de parar a máquina de guerra da Rússia”, disse ela. “Não é segredo que queríamos que o preço fosse muito mais baixo”, acrescentou Kallas, destacando as diferenças dentro da UE. “Um preço entre 30 ou 40 dólares é o que atrapalharia a Rússia.
Apesar do embargo e do preço limite aprovado, há um grande risco para o mercado mundial de petróleo de perder grandes quantidades do óleo bruto do segundo produtor mundial, que são os russos. Isso pode aumentar os preços dos combustíveis em todo o mundo, o que vem gerando instabilidades políticas na maioria dos países.
Os protestos na Europa pelo aumento do custo de vida, da inflação, na conta de energia e de gás colocam vários governos em risco. Com a chegada do inverno no hemisfério norte, agora a maior preocupação é pela falta de gás. Isso pode ser um desastre para a comunidade europeia, levando alguns cidadão à morte pelo frio.