ECONOMIA

União Europeia faz acordo de US$ 60 por barril do petróleo russo

Europeus também decidem suspender seguro por transporte marítimo de óleo

Por: Marcelo Bonfá
Da redação | 2 de dezembro de 2022 - 21:55

Os países da União Europeia decidiram estabelecer um preço de 60 dólares (312 reais) por barril de petróleo russo, como parte das sanções destinadas reduzir os recursos financeiros da Rússia e levar o país a suspender a guerra na Ucrânia.

Antes mesmo da aprovação do acordo, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que não aceitará a imposição e que vai aplicar retaliações contra os países que insistir no preço de 60 dólares por barril. Atualmente, no mercado internacional o barril está sendo vendido a 85 dólares.

A aprovação do acordo nesta sexta-feira está relacionada com a entrada em vigor, no dia 5, de outras duas medidas contra a Rússia. A primeira é um embargo da União Europeia ao petróleo russo transportado por navios. E a segunda é a proibição de que empresas europeias façam seguro para petroleiros russos e de outras bandeiras, que estejam transportando óleo daquele país.

União Europeia barril

Europeus suspendem transporte de petróleo russo por navios.

Kaja Kallas, a primeira-ministra da Estônia, esperava que os países da UE aprovassem um preço menor ainda para o petróleo russo. “Paralisar as receitas de energia da Rússia está na essência de parar a máquina de guerra da Rússia”, disse ela. “Não é segredo que queríamos que o preço fosse muito mais baixo”, acrescentou Kallas, destacando as diferenças dentro da UE. “Um preço entre 30 ou 40 dólares é o que atrapalharia a Rússia.

Apesar do embargo e do preço limite aprovado, há um grande risco para o mercado mundial de petróleo de perder grandes quantidades do óleo bruto do segundo produtor mundial, que são os russos.  Isso pode aumentar os preços dos combustíveis  em todo o mundo, o que vem gerando instabilidades políticas na maioria dos países.

Os protestos na Europa pelo aumento do custo de vida, da inflação, na conta de energia e de gás colocam vários governos em risco. Com a chegada do inverno no hemisfério norte, agora a maior preocupação é pela falta de gás. Isso pode ser um desastre para a comunidade europeia, levando alguns cidadão à morte pelo frio.

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