Plano vai incluir mecanismo de emergência capaz de responder a ações de hackers quando eles acontecerem
A União Europeia anunciou iniciativas para combater os ataques cibernéticos que não param de crescer. Margrethe Vestager, vice-presidente executiva do grupo de prevenção e combate às ações de cibercriminosos, afirmou que o sistema de defesa contará com centros públicos e privados. Essa parceria exigirá a cooperação entre os Estados membros e a confiança em empresas privadas.
“Ninguém pode resolver isso sozinho. Você não pode ter recursos suficientes prontos porque não sabe quando talvez terá um ataque cibernético total”, disse Vestager.
Além disso, a UE também vai criar um mecanismo de emergência capaz de responder a ataques cibernéticos quando eles acontecerem. Isso incluiria um grupo de especialistas e empresas certificadas para neutralizar a ameaça. Estima-se que apenas em 2021, 14 milhões destes crimes foram identificados em todo o mundo.
Ataques recorrentes
Em 2021, um ataque ao sistema de saúde da Irlanda gerou acesso a outros ministérios estrangeiros. Mas as plataformas governamentais não são mais o único alvo dos cibercriminosos. Eles aprimoraram as técnicas de interceptação de dados sigilosos e em alguns casos atuam preferencialmente em redes privadas de empresas ou pessoas físicas.
De acordo com Cecilia Bonefeld Dahl, CEO da Digital Europe, a decisão de contar com as empresas privadas garantirá respostas mais efetivas. “Não há chance de que o setor público consiga fazer isso sozinho. Eles nunca terão acesso às competências que temos” afirma Dahl.
Os planos, que foram anunciados esta semana, ainda serão analisados pelos Estados membros e pelo Parlamento Europeu antes de entrar em vigor. Calcula-se que será necessário um investimento de 1,1 bilhão de euros para a implementação das propostas, e dois terços dos recursos virão da própria União Europeia.