Inspirados na série Guerra nas Estrelas, pesquisadores tentam salvar florestas
Como verdadeiros Jedis na luta do bem contra o mal, pesquisadores e cientistas do mundo todo passaram a utilizar tecnologia de ponta para monitorar áreas de desmatamento florestal e aquelas que estão sendo recuperadas.
Para ajudar no trabalho de rastreamento e registro de dados, as equipes contam com a ajuda de softwares como o Integrated Management Effectiveness Tool (IMET), que ajuda no planejamento, monitoramento e avaliação de áreas protegidas.
A ferramenta foi desenvolvida para o projeto BIOPAMA – Programa de Gestão da Biodiversidade e Áreas Protegidas, mantido pela União Internacional para Conservação da Natureza – IUCN, e pelo Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia.
No Brasil também há uma iniciativa de destaque, que une ciência e tecnologia para preservação do meio ambiente e combate às mudanças climáticas. É o projeto MapBiomas, constituído por uma rede colaborativa, formada por ONGs, universidades e startups de tecnologia.
Mas, voltando ao título da reportagem, a iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, criou uma ferramenta digital chamada Framework for Ecosystem Monitoring (FERM). Ela apresenta muitos recursos para o gerenciamento de áreas restauradas, principalmente na coleta, classificação e uso de dados.
O site de sensoriamento remoto foi lançado no ano passado e usa imagens de satélite para destacar as mudanças nas florestas ao redor do mundo.
Uma das principais fontes de dados do Ferm é a Agência Espacial Americana, a NASA, que disponibiliza o sistema Global Ecosystem Dynamics Investigation, conhecido pelas iniciais Gedi. Como se trata de um acrônimo, os pesquisadores passaram a pronunciar a sigla como Jedi, exatamente como nos filmes de “Guerra nas Estrelas”.
A alusão à famosa série Star Wars não foi à toa. O sistema Gedi da Nasa dispara raios laser diretamente da Estação Espacial Internacional sobre áreas de cobertura vegetal para mapear florestas em dimensão 3D.
Dessa forma, os pesquisadores conseguem avaliar altura das árvores, densidade de cobertura e conteúdo de carbono para atribuir o nível de emissões associados à perda de floresta.
O Gedi ainda oferece um recurso adicional. São mapas e dados fornecidos por mais de 200 satélites equipados com câmeras de alta resolução.
Todos os dias esses aparelhos em órbita tiram cerca de 350 milhões de fotos da superfície da Terra. Cada imagem cobre uma área de um quilômetro quadrado.
Assim, a cada quatro ou cinco dias, é possível ter um quadro completo e detalhado de todo o planeta.
E, como a proposta do programa é rastrear e proteger as florestas do mundo, os pesquisadores do Gedi criaram um slogan bem apropriado. “Que a floresta esteja com você”.
Leia Também: