ONU propõe medidas para recuperação dos solos danificados pela ação do homem
Um dos principais desafios dos cientistas, atualmente, é diminuir a emissão do dióxido de carbono (CO2), um dos gases do efeito estufa, responsável pelas mudanças climáticas que afetam o planeta. Essa emissão exagerada do gás carbônico vem da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento, da agropecuária, de resíduos de lixo e das mais diversas indústrias.
O que pode ajudar neste combate é a descarbonização do meio ambiente, ou seja, um conjunto de ações que visam diminuir a concentração de carbono no ar. Isso ocorre de algumas maneiras. No ciclo que envolve os seres vivos, o mecanismo mais eficiente é a fotossíntese. Aqueles organismos que retiram da atmosfera o CO2 e em troca liberam oxigênio (O2). O carbono (C) passa então a integrar moléculas orgânicas. Elas são usadas como alimentos passando de um ser vivo para o outro por meio da cadeia alimentar e formam a matéria orgânica que também pode ser chamada de biomassa. A decomposição dessa matéria faz com que seja liberado CO2 na água e nos solos, o principal reservatório de carbono na terra. Inclusive, quanto maior a matéria orgânica do solo, maior é a capacidade do solo de capturar CO2.
O relatório “Status dos Recursos do Solo do Mundo (SWRS)” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura traz um dado preocupante.
Com o objetivo de recuperar os solos e conter as mudanças climáticas, a ONU propõe algumas medidas sustentáveis como:
Em resumo, a agricultura moderna com suas práticas de conservação de solo, como o plantio direto, rotação de culturas, cobertura verde e integração de lavouras é capaz de “sequestrar” 8 toneladas de carbono por hectare ao ano, o que resulta numa redução de emissão entre 20 e 30%.