MEIO AMBIENTE

Solo saudável ajuda na eliminação do CO2 do meio ambiente

ONU propõe medidas para recuperação dos solos danificados pela ação do homem

Por: Marcelo Bonfá
Da redação | 5 de setembro de 2022 - 21:57
Solo saudável ajuda na eliminação do CO2 do meio ambiente

Agricultura moderna sequestra 8 toneladas de carbono por hectare ao ano. Foto: Jcomp/Freepik

Um dos principais desafios dos cientistas, atualmente, é diminuir a emissão do dióxido de carbono (CO2), um dos gases do efeito estufa, responsável pelas mudanças climáticas que afetam o planeta. Essa emissão exagerada do gás carbônico vem da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento, da agropecuária, de resíduos de lixo e das mais diversas indústrias.

O que pode ajudar neste combate é a descarbonização do meio ambiente, ou seja, um conjunto de ações que visam diminuir a concentração de carbono no ar. Isso ocorre de algumas maneiras. No ciclo que envolve os seres vivos, o mecanismo mais eficiente é a fotossíntese. Aqueles organismos que retiram da atmosfera o CO2 e em troca liberam oxigênio (O2). O carbono (C) passa então a integrar moléculas orgânicas. Elas são usadas como alimentos passando de um ser vivo para o outro por meio da cadeia alimentar e formam a matéria orgânica que também pode ser chamada de biomassa. A decomposição dessa matéria faz com que seja liberado CO2 na água e nos solos, o principal reservatório de carbono na terra. Inclusive, quanto maior a matéria orgânica do solo, maior é a capacidade do solo de capturar CO2.

O relatório “Status dos Recursos do Solo do Mundo (SWRS)” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura traz um dado preocupante.

Segundo a FAO, 33% dos solos do mundo estão degradados devido à erosão, salinização, compactação, acidificação e poluição química. Essas características resultam em perdas de matéria orgânica e aumentam a liberação de CO2 na atmosfera.

Com o objetivo de recuperar os solos e conter as mudanças climáticas, a ONU propõe algumas medidas sustentáveis como:

Em resumo, a agricultura moderna com suas práticas de conservação de solo, como o plantio direto, rotação de culturas, cobertura verde e integração de lavouras é capaz de “sequestrar” 8 toneladas de carbono por hectare ao ano, o que resulta numa redução de emissão entre 20 e 30%.

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