INTERNACIONAL

Senado americano aprova pacote de US$700 bi

Projeto afeta áreas de saúde, reduz preços de remédios e aumenta impostos

Por: Carlos Taquari
Da redação | 8 de agosto de 2022 - 15:35

O Senado dos Estados Unidos aprovou o pacote econômico do governo, que envolve investimentos de US$ 700 bilhões em áreas que vão da saúde ao meio-ambiente. A proposta passou no Senado pela diferença de apenas 1 voto – 51 a 50, com o voto decisivo da vice-presidente Kamala Harris.

Negociado ao longo de 18 meses, o projeto é considerado decisivo para melhorar a imagem do governo e evitar a derrota prevista nas eleições parlamentares de Novembro. A oposição republicana bateu duramente contra a proposta, com apoio de congressistas democratas, que consideram os gastos excessivos.

Agora, o projeto será encaminhado à Câmara dos Representantes, onde o Partido Democrata tem uma confortável maioria, devendo ser aprovado na próxima sexta-feira.

Os detalhes do projeto

Kamala Harris voto decisivo para aprovação do projeto. pacote de US$700 bi

Kamala Harris voto decisivo para aprovação do projeto.

Entre outros pontos, o projeto prevê a redução nos preços dos remédios para os inscritos no Medicare, o programa de saúde do governo que inclui pessoas com mais de 65 anos. Isto vai permitir a milhões de americanos reduzirem seus gastos com a saúde. Mas, ao mesmo tempo, reduz a arrecadação do governo, fato que provocou críticas dos republicanos e até de alguns setores do Partido Democrata.

Outro ponto que resultou em intensos debates e forte oposição está relacionado com os impostos pagos pelas grandes empresas. Se a medida passar na Câmara, todas as empresas norte-americanas com faturamento acima de US$ 1 bilhão terão que pagar pelo menos 15% de impostos.

Dos US$ 700 bilhões previstos no projeto, US$ 369 bilhões estão relacionados com investimentos destinados a proteger o meio ambiente e combater o aquecimento global. Os consumidores vão receber um desconto, em impostos, de até US$ 7,5 mil, para a compra de um carro elétrico. E US$ 60 bilhões serão destinados à recuperação de áreas afetadas pela exploração de combustíveis fósseis.

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