De acordo com o projeto, os anúncios seriam exibidos por satélites
A ideia é lançar 50 satélites de pequeno porte, que poderiam cobrir todo o território da Rússia e mais alguns países vizinhos e funcionariam como projetores dos anúncios. O plano é da empresa de engenharia Skoltech, que calcula em 65 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de reais) o investimento inicial. Cada satélite teria cerca de 350 pés, pouco mais de 100 metros, segundo Shamil Biktimirov, um dos autores do projeto. Mas também está sendo considerada a hipótese de uso dos chamados CubSats, que são mini-satélites, de apenas 32 pés, ou seja, menos de 10 metros.
Por enquanto, já se sabe que os satélites não iriam exibir as peças de um único anunciante. Seriam vários anúncios exibidos numa sequência, como num carrossel. A escolha seria feita com base no perfil dos moradores de cada cidade, levando em conta o tipo de produto que teria mais aceitação na área.
Outros pontos chave seriam: quanto tempo os satélites iriam cobrir determinada área, o alcance de público e os melhores ângulos a serem escolhidos para exibição, dependendo da geografia de cada cidade.
Em 2019, outra empresa russa, a Star-Rocket, fez experiências com esse tipo de publicidade e conseguiu atrair anunciantes como a Coca-Cola, Mercedes-Benz, Olimpíada, FIFA e até mesmo o governo britânico que, na época, fazia propaganda em favor do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Mas o plano funcionou por apenas alguns meses.
Para Vladimir Sitnikov, responsável por esse projeto, a utilização dos céus como um espaço publicitário é um passo lógico na busca para levar as mensagens a um público cada vez mais amplo. Segundo ele, em breve “vamos viver no espaço e a humanidade vai começar a levar sua cultura e seus hábitos para para lá. Quanto mais profissional for a maneira como isso se realizar e quanto mais experientes forem os pioneiros, será melhor para todos”, acrescentou.