Cresce a curiosidade sobre a não-monogamia no mundo
O número de curiosos sobre as relações abertas, a chamada não-monogamia, vem crescendo no planeta a cada ano. O tabu de seguir com um único parceiro por toda vida vem caindo por terra, não só para as novas gerações, mas também para os mais velhos.
A não-monogamia é na prática o conceito de relação aberta em todos os sentidos. Tanto o homem, quanto a mulher, tem o direito de se relacionar com outras pessoas do mesmo sexo, ou não. A relação aberta engloba desde um simples jantar até um encontro íntimo, em um lugar mais reservado. Esse modelo tem apenas uma única norma: uma vez que ambos aceitam a relação desta forma, depois não vale pedir a famosa discussão de relacionamento.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Kinsey, três em cada dez pessoas já se interessaram por um relacionamento aberto, tentando inclusive convencer o parceiro da ideia ou procurando mais sobre o tema em sites de busca. O que chama atenção no estudo é a faixa etária do público de 19 até 70 anos, e os resultados pouco mudaram à medida que a idade foi avançando.
Para o autor da pesquisa, o médico Justin Lehmiller, as pessoas pensam muito na não-monogamia, porém na prática é um pouco diferente. “A maioria das pessoas tem fantasias sobre não ser monogâmica de alguma forma, como participar de swinging, abertura de seu relacionamento ou ser poliamoroso”. No entanto, ele acrescenta que muitas vezes essa ideia não sai do campo imaginário, “relativamente poucos tem coragem para adotar isso na vida real”. O poliamor é um tipo de relacionamento simultâneo entre três ou mais pessoas, ao mesmo tempo e com o conhecimento de todos, enquanto os não-monogâmicos são mais restritivos.
Para a psicoterapeuta do centro de Psicologia Criativa em Nova York, Sarah Levinson, o aumento da procura da não-monogamia é nítido “Era muito mais obscuro há 10 anos, e agora é incrivelmente comum. Antes havia uma premissa de ser errado querer mais de um parceiro (a), hoje se tornou algo mais natural.”