Assassinatos, tragédias, pandemias e guerras são temas que predominam nos jornais, emissoras de TV, rádios e nas redes. Diante da avalanche de fatos negativos, não chega a ser surpresa o fato de que muitas pessoas passam a enfrentar distúrbios mentais, como ansiedade e depressão.

Quase todo mundo já ouviu alguém dizer: “troca de canal, você só gosta de ver desgraça”. E, às vezes, o “dono” do controle remoto nem é o culpado por isso. Mas, ao mesmo tempo que não se pode ignorar as manchetes, é preciso encontrar um equilíbrio emocional.

A saída para essa situação se baseia em uma palavra: inteligência emocional. Ou seja, saber filtrar aquilo que faz bem. De acordo com uma pesquisa da Associação Americana de Psicologia, os norte-americanos estão mais ansiosos, depressivos, estressados e com insônia.  O motivo para isso são as notícias negativas. E o pior, os índices vem piorando a cada novo recorte da pesquisa sobre saúde mental.

Evite notícias pesadas ao acordar. Foto: Pexels.

Para os pesquisadores americanos o noticiário não é único culpado pela saúde emocional da população. Entretanto, eles observam alguns fatores considerados como gatilhos para distúrbio emocionais.

Por outro lado, para o psicólogo Stélios Sdoukos, professor da School of Life de Londres, se sentir mal com alguma notícia ruim é legitimo, pois mostra o lado humano presente em nós. Com isso, basta saber dosar o sentimento. O autoconhecimento nesses casos é fundamental. Ou seja, saber avaliar o que pode afetar o seu dia negativamente. Além de admitir que, diante de determinada tragédia transmitida em todos os veículos, é necessário se “blindar” para não ser afetado, pois a notícia continuará sendo divulgada.

Para a psicóloga Vanessa Camargo, especializada na área de distúrbios mentais, uma dica valiosa é evitar notícias negativas logo ao acordar e na hora de dormir, pois são momentos fundamentais do dia para alteração do humor.

“As pessoas precisam se policiar no dia a dia. Saber o que prejudica para poder filtrar. Não se apegue ao smartphone ou a televisão, tenha outros hábitos como: ler, passear no parque, praticar exercícios ou até mesmo namorar. A vida é muito curta para ficarmos presos em tragédias e notícias ruins”, afirma ela.