SAÚDE

Refrigerantes, chips e hot-dogs podem tirar anos de vida

Não importa quanta junk food você já consumiu, nunca é tarde para uma alimentação saudável

Por: Mario Augusto
Da redação | 18 de outubro de 2022 - 21:58

Os cientistas que estudam os efeitos da alimentação na expectativa de vida e para se evitar uma série de doenças não têm dúvidas: qualquer idade é tempo para se eliminar alimentos altamente processados, carregados de sal, açúcar e conservantes químicos, que devem ser substituídos por vegetais, frutas, castanhas, grãos, lentilhas, frutos do mar e cereais integrais.

A regra número um para quem pretende adotar uma alimentação saudável é nunca olhar para trás. Não importa quantos anos você tem ou quanta junk food já comeu na vida. O mais importante é ter uma perspectiva de futuro, tentando visualizar os benefícios que uma dieta mais rica em nutrientes pode proporcionar.

A ciência já tem provas suficientes de que as nossas escolhas alimentares afetam diretamente a nossa expectativa de vida e os riscos de desenvolvermos certas doenças, como hipertensão, obesidade mórbida, diabetes, entre outras.

A primeira medida é eliminar os alimentos altamente processados, ​​​​carregados de sal, açúcar e outros aditivos químicos, substituindo-os por alimentos mais nutritivos, como frutas, legumes, nozes, feijão, lentilhas, frutos do mar e grãos integrais.

Estudo publicado no New England Journal of Medicine avaliou a relação entre as mudanças na qualidade da dieta ao longo do tempo e o risco de morte dos pacientes.

Refrigerantes um dos vilões da alimentação. Crédito: Pexels.

Os pesquisadores acompanharam 74 mil pessoas com idades entre 30 e 75 anos por mais de 20 anos. Analisaram as dietas e os hábitos de vida dos pacientes e acompanharam as mudanças promovidas nos hábitos alimentares.

Os pacientes que mantiveram uma dieta de alta qualidade por um período de 12 anos, reduziram em 14% o risco de morte por qualquer causa em comparação com as pessoas que adotavam dietas consistentemente ruins.

Círculo virtuoso

O estudo mostrou que quanto mais alimentos nutritivos as pessoas comiam, e quanto menos junk foods, maiores eram suas pontuações na dieta.

Os pacientes que melhoraram seus hábitos alimentares viram grandes benefícios. E um detalhe interessante. A maioria dos participantes do estudo tinha mais de 60 anos, comprovando que que nunca é tarde para se beneficiar de uma melhora nos hábitos alimentares.

Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, analisaram o impacto que diferentes alimentos têm no risco de morte prematura. Em seguida, usaram os dados para estimar como as mudanças na dieta de uma pessoa podem influenciar na sua expectativa de vida.

Quem come bem vive mais

Um jovem de 20 anos que mudou de uma dieta rica em carboidratos, gorduras e embutidos para uma dieta ideal de estilo mediterrâneo acrescentou em média de 11 a 13 anos à sua expectativa de vida.

No caso dos idosos, o benefício também é visível. Pessoas de 60 anos ou mais que fazem uma mudança na sua dieta aumentam em até 9 anos a sua expectativa de vida. Já pacientes mais velhos, na faixa de 80 anos, comendo melhor, podem ganhar três anos e meio a mais na sua expectativa de vida.

O estudo descobriu que os maiores ganhos na expectativa de vida resultaram da ingestão de mais leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha e amendoim.

Como dar o primeiro passo

Se você quer iniciar uma mudança de hábito e não sabe como, separamos quatro dicas baseadas no estudo da Universidade de Bergen.

  • Coma um punhado de nozes todos os dias;
  • Troque o arroz branco pelo arroz integral;
  • Coma pelo menos uma xícara de feijão, grão de bico, lentilha ou ervilha diariamente;
  • Adicione manteigas de nozes, manteiga de amendoim ou manteiga de amêndoa para torradas, aveia ou iogurte no café da manhã.

 

Leia também:
Caminhe 2 mil passos por dia. E afaste a morte prematura
Bebida alcoólica pode ajudar na saúde mental, mas sem excessos
Pets ajudam na saúde emocional

+ DESTAQUES